UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Aos trabalhadores e aos povos; aos revolucionários e comunistas

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No México, quando se comemora o final da Primeira Guerra Mundial que ocasionou grandes e sérios danos à humanidade e que foi também o cenário em que triunfou a primeira revolução proletária, a Grande Revolução de Outubro; quando se celebra o bicentenário do nascimento de Karl Marx, o grande professor do proletariado, cumpriu com êxito seus trabalhos a 24ª Plenária da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas. Avaliou-se a situação internacional e estabeleceram-se as responsabilidades e tarefas do movimento operário, popular e revolucionário. Discutiram-se importantes problemas do trabalho dos partidos e organizações da CIPOML, assinalando os compromissos e tarefas, afirmando as perspectivas de desenvolvimento.

A exacerbação das contradições intrínsecas do sistema capitalista-imperialista aguça a crise geral do capitalismo, que é uma crise das estruturas e das superestruturas, econômica, política e social que sacodem o sistema capitalista, afetam milhões de trabalhadores, os países dependentes, os povos e nações oprimidos, e aprofundam a depredação da natureza e do meio ambiente.

A anarquia na produção, a concorrência entre os monopólios e as potências imperialistas, o crescimento desmesurado da dívida externa, o comércio desigual, a guerra comercial interimperialista, o saque dos recursos naturais e a apropriação por parte da classe dos capitalistas da mais-valia gerada por milhões de trabalhadores, as medidas unilaterais dos EUA frente às políticas financeiras e monetárias, o desenvolvimento acelerado da ciência e da tecnologia, a digitalização, a internet, a robótica e a inteligência artificial prenunciam o aparecimento de uma nova crise econômica, que será de maiores proporções e profundidade que a crise econômica de 2008, que impactará gravemente as relações sociais e políticas.

A depredação da natureza e a deterioração do meio ambiente, as mudanças climáticas     provocadas pela exploração e a espoliação irracional dos recursos naturais pelos monopólios capitalistas e os países imperialistas se aguçam constantemente.

Têm lugar grandes confrontações entre as potências imperialistas, o aparecimento e a extensão por todos os continentes e regiões dos preparativos de guerra, o desenvolvimento da corrida armamentista que envolve todos os países, a militarização da economia e da sociedade na direção de uma nova partilha do mundo. A confrontação militar entre os países imperialistas, principalmente entre os EUA e a Rússia, da Otan e da China se expressa em conflitos armados que sangram os povos no Oriente Médio e África e atiçam conflitos em outros lugares do planeta. A agressão econômica e política dos EUA frente ao Irã atentam contra a soberania do país e os interesses e direitos de seus povos. No Iêmen, os interesses econômicos e políticos da Arábia Saudita são responsáveis, junto com o apoio dos EUA, pela destruição do país e do genocídio que devasta o povo e o país.

Os conflitos interimperialistas se expressam também na guerra comercial entre China e Estados Unidos, na disputa de mercados, de áreas estratégicas; na agressiva incursão dos investimentos chineses em todos os continentes.

As potências imperialistas recrudescem sua ingerência em todos os países dependentes, impulsionam o extrativismo, saqueiam os recursos naturais ao mesmo tempo em que exacerbam as cadeias da opressão. A natureza do imperialismo se expressa na agressão e na rapina para apropriar-se da riqueza dos países dependentes e dos lucros produzidos pela superexploração expressa pelo imperialismo. Nenhum país imperialista é amigo dos povos.

Dezenas de milhares de pessoas, homens, mulheres e crianças fogem de seus países devastados pela guerra, da repressão de seus governos, da miséria e da pobreza, buscam oportunidades e emigram na Ásia, Europa, África e América Latina, são atacadas pelas políticas xenófobas, nacionalistas e racistas do imperialismo e da reação. Trump está demonstrando frente aos migrantes seu caráter reacionário, xenófobo e agressivo.

O povo da Palestina resiste heroicamente à brutal agressão do imperialismo ianqui e do sionismo israelense, que assassina milhares de pessoas da população civil; essa luta é uma mostra da decisão de defender a soberania e a vida e recebe a solidariedade e o apoio das forças progressistas do mundo. Os marxista-leninistas apoiam firmemente a causa Palestina.

O governo de Trump nos EUA e a eleição de Bolsonaro no Brasil testemunham o fracasso do socialrreformismo, da democracia burguesa, das políticas da socialdemocracia, que vão sendo deixadas de lado pelo imperialismo e pela burguesia. No propósito de afirmar e potencializar sua dominação, acorrem cada vez com mais frequência às políticas reacionárias, xenófobas, nacionalistas, à implantação de regimes ultradireitistas, autoritários, fascistizantes e fascistas em alguns países.

O desenvolvimento das tendências reacionárias e fascistas, e a eventual implantação de regimes fascistas estão sendo enfrentados pela classe operária, a juventude, os povos e significativos setores democráticos que defendem a liberdade, a democracia, os direitos humanos e sindicais.

O sistema capitalista e a institucionalidade burguesa estão submersos na corrupção e na apropriação dos dinheiros públicos que se convertem em fonte de acumulação; a denúncia e as ações contra a corrupção e alguns de seus responsáveis estão permitindo desmascarar a natureza retrógrada e a podridão do capitalismo. No combate à corrupção se desenvolveram em alguns países e oportunidades grandes mobilizações populares, crises políticas e reajustes nos governos burgueses.

As políticas e ações dos monopólios e da burguesia contra a classe operária, os povos e a juventude dos povos e nações oprimidas se expressam em todo o planeta. Mas não se desenvolvem tranquilamente, existe a resposta popular.

Em vários países e em todos os continentes se desenvolvem combativas greves e mobilizações dos trabalhadores pela estabilidade, em oposição à flexibilidade trabalhista, à carestia da vida, aos altos preços da moradia e aos novos impostos; importantes manifestações da juventude; significativas expressões da luta dos povos pela vigência das liberdades públicas e a defesa dos direitos humanos. As mulheres se expressam valorosamente contra a opressão e a discriminação, levaram à frente, no dia 8 de março, uma greve internacional que se realizou em bom número de países.

Essas manifestações do movimento operário e popular vêm tendo um desenvolvimento sustentado, mas não se expressam de maneira geral; são ainda dispersas e isoladas em nível internacional. Constituem, entretanto, a expressão de que as forças da revolução social, o movimento operário, o campesinato pobre, a juventude, as mulheres, os povos e nações oprimidos têm potencialidade e afirmam a perspectiva do desenvolvimento do movimento revolucionário dos trabalhadores e dos povos.

A oposição à guerra imperialista, às guerras de agressão, à corrida armamentista deve ser assumida pelos trabalhadores e a juventude, une-se à defesa da paz, dos direitos políticos e sindicais dos trabalhadores e dos povos, deve ser a causa que envolva amplos setores democráticos, uma bandeira internacional que no cumprimento do internacionalismo proletário hasteiam os comunistas marxista-leninistas.

A defesa das liberdades democráticas, dos direitos dos povos e dos direitos humanos; as expressões de apreciáveis setores democráticos e progressistas, a oposição às posturas reacionárias e fascistizantes, o combate frontal ao fascismo formam parte das demandas atuais dos trabalhadores e da juventude, são uma expressão da luta contra o capitalismo e o imperialismo, pela revolução e pelo socialismo. Os marxista-leninistas são consequentes lutadores contra o fascismo e o imperialismo, envolvemo-nos na construção da frente democrática e antifascista em nível nacional e internacional.

O combate à dominação imperialista é tarefa histórica dos povos e nações oprimidos, dos anti-imperialistas; é responsabilidade irrenunciável dos comunistas em todos os países e nós a assumimos decididamente.

O direito de autodeterminação dos povos é uma questão atual, se expressa em vários continentes e no interior de diferentes Estados; na luta anticolonialista e em oposição às políticas neocolonialistas. Reafirmamos nosso apoio e solidariedade.

Os revolucionários proletários organizados na Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas, CIPOML, expressam a decisão de fortalecer nossos partidos e trabalhar pela unidade dos comunistas.

O capitalismo e o imperialismo não são invencíveis. A unidade e a luta dos trabalhadores e dos povos, a atitude consequente dos comunistas e outros revolucionários romperão as cadeias do imperialismo apontando seus elos débeis.

Contra o belicismo do imperialismo e da reação!

Pela defesa da liberdade e das liberdades públicas, contra a reação e o fascismo!

Abaixo a agressão imperialista contra os povos e nações oprimidos!

Unidade e luta dos trabalhadores e dos povos, dos democratas e progressistas do mundo!

Viva a revolução e o socialismo!

México, novembro de 2018

24ª Plenária da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML)

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