Foto: Jornal A Verdade
BRASIL – Em todas as Ocupações do Movimento nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB são as mulheres negras periféricas protagonistas na luta pela moradia digna. Essas mulheres, invisibilizadas pela história oficial, ganham força na luta coletiva dentro do nosso movimento.
Elas fazem parte dos 43% da população negra no país que encontra-se abaixo da linda da pobreza e dos 19% que recebem menos que ¼ do salário mínimo. Na sua grande maioria, elas vivem nos bairros mais distantes, ou seja, nas favelas e ocupações que estão à margem do centro urbano.
As mulheres negras são as que mais se dedicam aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos, com 18,6 horas semanais. No que se refere a violência, o cenário é ainda pior. Segundo o Atlas da violência IPEA – 2018, a taxa de homicídios de mulheres negras foi 71%.
Essas guerreiras são chefes de família, que lutam diariamente por equipamentos estatais como creches, escolas públicas integrais. Ainda balham todos os dias contra índices de desemprego, violência doméstica e contra o racismo estrutural que rege o Estado, para garantir a sua subsistência e de seus filhos.
Foto: Jornal A Verdade
Hoje, dia 25 de julho – Dia internacional da mulher negra Latina Americana e Caribenha é data para rememorar a luta das mulheres negras por uma sociedade mais justa. É dia também, de relembrar a história de Tereza de Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra a escravização no Brasil que comemora-se o Dia Nacional Teresa Benguela.
Nesse dia de Luta das mulheres negras, reivindicamos: As lutas: pela garantir de políticas públicas, pelo direito aos aparelhos e equipamentos públicos na periférica, pelo fim da violência as mulheres negras, e principalmente, na luta por moradia e o direito à cidade, pelo fim da segregação racial e espacial na qual vivemos.
MOVIMENTO NOS BAIRROS,VILAS E FAVELAS – MLB