É necessário lutar contra essa privatização e contra as medidas de submissão ao imperialismo que o governo do estado vem fazendo, e isso só será possível com a luta na rua, construindo, também, uma greve combativa no dia 18 de março por toda São Paulo.
Luiz Henrique Chacon
Foto: Luiz Henrique Chacon/Jornal A Verdade
SÃO PAULO – Na última quinta feira (27), ocorreu, na Secretaria da Justiça da cidade de São Paulo, uma audiência pública para tratar da concessão das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda da CPTM.
O projeto nada mais é que um caminho para a privatização da companhia e uma continuação do plano de desmonte do Estado gerenciado pelo atual governador João Doria e seu Secretário da Fazenda, Henrique Meirelles.
Esse plano de desestatização é tão perverso que passa para o domínio do capital privado estruturas centrais e estratégicas para o desenvolvimento do nosso Estado, como a Sabesp, as marginais, rodovias como a Piracicaba-Panorama, presídios, entre outros, totalizando 220 projetos, dos quais 23 já foram aprovados.
O entreguismo tucano é tão forte que o Estado vem incentivando a participação do capital estrangeiro na compra dessas estatais, principalmente o capital chinês, o que se escancarou no evento desta última quinta-feira, onde foram necessárias duas sessões abarrotadas de empresários, políticos e representantes dessas multinacionais interessados na compra dessas linhas.
Porém, por um outro ponto de vista, a atual presidência da CPTM e os representantes do governo do estado não se mostraram disponíveis para responder às críticas e dúvidas da sociedade civil presente no evento quando questionados sobre as demissões voluntárias, ou sobre os demais impactos sociais que a privatização acarreta.
Mais uma vez o poder público mostra seu descaso ao ignorar as faixas dos movimentos sindicais e políticos presentes contrários à esta medida, mostrando que o dinheiro investido agora pelas multinacionais vale mais que os empregos dos trabalhadores que são ameaçados, assim como também vale mais que a soberania do nosso povo.
Contudo, uma audiência pública aberta e participativa foi convocada para às 15h do dia 16 de março na ALESP (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo), e será de importância fundamental a participação não só do Comitê Contra a Privatização da CPTM, que vem travando esta luta, mas das entidades sindicais e de todo cidadão que será prejudicado pelas medidas do governo.
É necessário lutar contra essa privatização e contra as medidas de submissão ao imperialismo que o governo do estado vem fazendo, e isso só será possível com a luta na rua, construindo, também, uma greve combativa no dia 18 de março por toda São Paulo.