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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Medidas de Bolsonaro manterão povo brasileiro mais explorado

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Serley Leal – Ceará

Fome, desemprego e caos na saúde pública não são novidades para nenhum brasileiro. Mesmo assim, com a expansão do COVID-19 que está transformando essa dura realidade em níveis alarmantes, os governos, particularmente o governo Federal, tem tomado várias medidas no sentido de impedir esse rápido crescimento da crise. Os mesmos que antes eram defensores dos rígidos gastos, agora vão abrir o cofre federal. Mudança de opinião? Não, oportunismo mesmo.

É bom ressaltar que antes do COVID-19 já existiam 11,8 milhões de pessoas desempregadas e 27 milhões vivendo de biscates no país e mesmo assim o governo do fascista Bolsonaro e o Congresso Nacional aprovaram a Reforma da Previdência que irá impossibilitar milhões de trabalhadores de se aposentarem. Também o Sr. Paulo Guedes junto com farsante Bolsonaro editou uma medida provisória, a MP 905, que até desempregado seria taxado no Brasil. Ora, se realmente tivessem preocupados com o povo brasileiro isso jamais ocorreria.

Bem, mas então por que, agora, tomam medidas desesperadas como a distribuição de R$ 600 para os mais humildes e distribuem benefícios às empresas para não aumentarem o número de desempregados?

As soluções apresentadas são medidas para manter a reprodução do capital no Brasil. Sabemos que sem o consumo das amplas camadas dos trabalhadores, o capital investido pelos empresários não poderá se ampliar, reduzindo drasticamente suas margens de lucros, e levando o capitalismo ao desastre. Logo, a distribuição de R$ 600, embora muito importante para aliviar a fome do povo brasileiro, não pode resolver o problema. Aliás, é também uma medida, na verdade, para estimular a circulação monetária, agora cambaleante nesse período. Ora, seria muito mais rápido e efetivo que fossem confiscados dos grandes monopólios capitalistas a massa de produtos e organizado, através de um controle rigoroso, a distribuição desses alimentos.

Hoje milhões de brasileiros não sabem se vão comer, mas os supermercados estão abarrotados de comida e abertos conforme decreto do próprio presidente da república. Isso não pode acontecer porque mesmo com toda essa tragédia sanitária, a propriedade é santa, intocável e não pode ser questionada.

Por outro lado, estão isentando os capitalistas de parte do pagamento dos salários, ou seja, agora a exploração do capital sobre o trabalho terá a intermediação direta (não mais indireta através dos impostos). Ora, se os capitalistas não vão mais pagar os salários mas sim o governo, porque então não estatizar as empresas ou parte delas?

Em outras palavras, estamos no capitalismo e o LUCRO está acima da vida. Alguns capitalistas mais reacionários não tiveram medo e expuseram todo seu apelo pela manutenção da sua condição de exploradores. Outros, pelo contrário, mesmo concordando, não se apresentaram, mas enquanto classe controlam os governos e farão de tudo para manter seu sistema de exploração.

Lembrando também que tais ações governamentais tem um profundo caráter político: evitar que esses milhões de famintos, desempregados e superexplorados brasileiros se levantem contra esse sistema que tanto causa mal. Resta, ao mesmo tempo, aos trabalhadores uma dura lição: ou mudamos radicalmente a forma de produção e distribuição das riquezas no BRASIL ou veremos essa crise profunda levando milhões de compatriotas ao desespero. Já é hora de dar um basta nisso! É hora de construirmos o  SOCIALISMO, JÁ!

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