UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

terça-feira, 16 de julho de 2024

DCE da UFRJ pinta mural em memória de Marielle Franco

Mural foi produzido na Faculdade de Letras, na Ilha do Fundão, na capital fluminense. Foto: DCE UFRJ

“As rosas da resistência nascem do asfalto! A gente recebe rosa, mas a gente vai tá com punho cerrado também, falando do nosso lugar de vida e resistência contra os mandos e desmandos que afetam as nossas vidas.” – Marielle Franco 

Por Karol Lima | Redação Rio

RIO DE JANEIRO – No último domingo (14), completaram-se 3 anos do assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL): Mulher negra, mãe, LGBT, favelada, socióloga e lutadora do povo, foi brutal e covardemente assassinada junto com seu motorista, Anderson Gomes, no Centro do Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018 quando voltava de uma atividade de mulheres.

Sua trajetória como militante de direitos humanos foi marcada pela denúncia da violência policial e atividade de milicianos nas favelas, denúncia mais profunda que fez em sua tese de mestrado “UPP – Redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro”. Foi a 5ª vereadora mais votada nas eleições de 2016, com 45.502 votos. 

O DCE Mário Prata, Diretório Central dos estudantes da UFRJ, com todas as medidas sanitárias de proteção à COVID-19, realizou a pintura de um mural no gramado da Faculdade de Letras em homenagem à sua memória, que é também a de uma defensora da Universidade Pública. A organização da atividade foi com o objetivo de fortalecer a memória de Marielle outros lutadores e lutadoras do nosso país.Para os estudantes presentes na ação essa memória precisa estar viva para que não se esqueça a pergunta “Quem mandou matar Marielle?”. 

O Brasil é um dos países mais perigosos para ser militante social. Em 2019, foi o 4º país que mais matou ativistas de direitos humanos, segundo relatório anual divulgado pela organização Front Line Defenders, que compila denúncias globais dos ataques contra ativistas. No cenário geral, as mulheres representam 13% das mortes . O Brasil ocupa uma posição no topo do ranking há pelo menos cinco anos.

Essa situação não pode criar um clima de intimidação. A luta pela justiça dos mortos por lutarem em defesa da causas populares, sua memória e a luta por uma sociedade mais justa deve ser incansável e inabalável! Que sigamos honrando a memória e a luta de Marielle Franco e tantos outros lutadores e lutadoras ceifados pela ganância do capitalismo! 

 

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes