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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

AERJ expõe dados preocupantes sobre a LGBTfobia no ambiente escolar

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PRECONCEITO. 67,8% dos estudantes afirmam já ter sofrido ou presenciado algum tipo de agressão em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero (Foto: Reprodução)

Levantamento feito pela Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro revela violências sofridas por alunos LGBTTs nas escolas da rede pública.

Daniel Trajano e Gabriel Puga
Rio de Janeiro


EDUCAÇÃO – Diante da falta de dados sobre vivências LGBTTs nas escolas, a comissão LGBTT da AERJ (Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro) lançou, no último mês de março, um formulário voltado para os estudantes do Rio de Janeiro. Os dados confirmaram as suspeitas que já existiam: os estudantes LGBTTs sofrem cotidianamente com diversos tipos de violência nos espaços onde estudam.

Segundo o levantamento, 67,8% dos estudantes afirmam já ter sofrido ou presenciado algum tipo de agressão em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Desses, 75,9% afirmam não ter sentido segurança para buscar apoio na direção da escola. “É possível perceber que o ambiente escolar ainda é um local de insegurança para muitos alunos. Esse fato é extremamente prejudicial para o processo de aprendizado”, afirma Ruan Vidal, presidente da AERJ.

Ambiente ainda hostil

Ao responder o formulário, 77,7% dos alunos disseram que sentem-se inseguros em expressar sua identidade de gênero ou orientação sexual dentro da escola. Na opinião de 42,1%, a escola repreenderia um aluno transexual que usasse o uniforme com que se sente mais confortável. Esses dados demonstram o quanto as escolas continuam sendo espaços de perpetuação dos preconceitos. Isso se dá porque as relações sociais estão atreladas às relações de produção e, portanto, as escolas reproduzem a lógica capitalista. Ao capitalismo interessa a segregação e a marginalização de corpos LGBTTs, um projeto que começa desde a escola e os persegue durante toda a vida.

Diante de tal realidade, o movimento estudantil tem um papel fundamental na luta contra a LGBTTfobia promovida pelo modelo de produção capitalista. Nesse sentido, é papel das entidades estudantis organizar, dentro e fora da escola, os estudantes LGBTTs na luta pelos seus direitos, trazendo debates e levando à tona as suas reivindicações.

A AERJ, como entidade comprometida com os interesses estudantis, vem promovendo diversas atividades para conscientizar e informar sobre a luta dos estudantes LGBTT´s no ambiente educacional. Uma dessas ações foi uma live feita no dia 08/04, com a participação da artista, diretora do grêmio do IFRJ, militante da UJR e lutadora pelos direitos LGBTTs Ágatha Íris, que tinha como tema “A luta do estudante LGBTT no ambiente educacional”, atividade de lançamento de uma campanha sobre o tema “União dos Estudantes LGBTT´S”.

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