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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Prateleira de supermercado: abismo entre pobres e ricos

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Peru de Natal é vendido em supermercado por R$ 406,61.

Victor Aicau, Salvador-BA

A alta nos preços dos alimentos é um absurdo que todos nós no último período já constatamos. Sabemos que com 200 reais não conseguimos comprar nem perto da metade do que é necessário para abastecer a despensa de uma família. Segue abaixo a imagem de um peru de Natal exposto em uma prateleira de supermercado com preço absurdo de mais de 400 reais.

Será que um trabalhador assalariado que precisa pagar aluguel, contas, se locomover pela cidade, sustentar os filhos, teria condições de adquirir tal alimento? Ou mesmo uma trabalhadora que recebe um salário de miséria, muitas vezes menor que o da maioria dos homens, e precisa fazer dupla ou tripla jornada de trabalho para levar o feijão e o arroz para mesa conseguiria comprar tal artigo para sua ceia de Natal? O peso desse peru é de 22 kg custando metade de um salário mínimo enquanto isso muitos e muitas não terão nem mesmo o que comer. E não só nesse dia, mas em boa parte desse último período o nosso povo passou fome, sofreu com a geladeira vazia e com um congelador contendo cubo de gelo e mais nada.

É descabido e inadmissível que, enquanto uns poucos ricos possam ter uma mesa farta e quilométrica, o nosso povo sofra as consequências de um país submisso e entregue aos imperialistas que não tem dó de assistir trabalhadores e trabalhadoras roendo osso e partes já não comestíveis de animais nos abatedouros. Até mesmo no fundo de caminhões de lixo, filas ensurdecedoras crescem nas ruas dos grandes centros do nosso país. É a fome que bate na porta e enquanto isso nas prateleiras do grandes mercados um peru de Natal custando mais de 400 reais. É urgente por fim a esse modelo falido de sociedade e construir o governo revolucionário dos trabalhadores, onde todos possam se alimentar dignamente.
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