Bilhete Único Universitário (BUU) foi suspenso no início da pandemia. O passe livre garantia que alunos de baixa renda não abandonassem seus cursos por falta de recursos para o transporte. Prefeitura se nega a retomar o benefício.
Da Redação Rio
JUVENTUDE – Na manhã desta segunda-feira, 22/11, estudantes universitários ocuparam a escadaria da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro para exigir a volta do Bilhete Único Universitário (BUU), suspenso desde o início da pandemia. Segundo os estudantes, o BUU garantia que alunos de baixa renda não abandonassem seus cursos por falta de recursos para o transporte, mas foi cortado pelo ex-prefeito Marcelo Crivella, em 2020.
Em sua campanha eleitoral, o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), prometeu a volta do passe livre para os estudantes, entretanto, já se passam 11 meses de gestão sem que a promessa seja cumprida.
A manifestação ocorreu do lado de fora da Câmara, enquanto lá dentro acontecia uma reunião entre vereadores, Prefeitura, Ministério Público, reitorias das universidades e representações estudantis para tratar do tema. A Prefeitura não compareceu presencialmente, mas apenas de forma remota, e insistiu na posição de que não possuía os meios para retomar esse direito sem causar problemas judiciais. Entretanto, o Ministério Público afirmou que há sim caminhos para a garantia imediata do direito e que espera da Prefeitura uma proposta desde junho.
As entidades estudantis e os reitores reforçaram em suas intervenções o quanto é imprescindível o passe livre para que os estudantes possam concluir seus cursos de graduação e para que haja a retomada das aulas presenciais.
Segundo Victor Davidovich, secretário-geral da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), “com a pandemia e a desastrosa política econômica do governo Bolsonaro, a renda das famílias desabou e o desemprego disparou. Cada vez mais estudantes dependem do passe livre para poder ir à faculdade. Sem isso, a cidade do Rio está deixando de formar professores, enfermeiros, engenheiros e todo tipo de profissionais”.
Uma nova reunião será marcada em breve. “A pressão continuará para que a Prefeitura apresente uma proposta para retomada imediata do Bilhete Único Universitário. Até lá, seguiremos mobilizados e na pressão”, promete Victor.
Temos que pensar nos universitários que pagam por si só, a sua faculdade e que ate termos um diploma, recebemos 1000 ou menos. Por mês é quase 400 de passagem, é um absurdo.