Ocupações Carolina Maria de Jesus, Manoel Aleixo e Vicentão iniciaram um acampamento permanente na porta do Palácio da Liberdade cobrando moradia definitiva, há muito tempo prometida pelo governo do estado de Minas Gerais. O Governo do Zema não faz política habitacional e descumpriu acordo com 300 famílias!
Redação MG
LUTA POPULAR – Desde ontem, 07/12, as famílias das ocupações Carolina Maria de Jesus, Manoel Aleixo e Vicentão fazem um ato na porta do Palácio da Liberdade, denunciando o descumprimento do acordo feito por parte do Governo do Estado e da Companhia de Habitação de Minas Gerais (COHAB-MG), que visava assegurar o direito à moradia para cerca de 300 famílias. A COHAB-MG, a partir da luta das várias famílias, firmou em 2018 um acordo para pagamento de bolsa aluguel para as famílias até o reassentamento definitivo delas em áreas de regularização fundiária do Estado, em um prazo de até dois anos. Tal acordo foi descumprido após a eleição do Governador Zema, desamparando as famílias em um momento em que o povo sofre com a fome, aumento nas contas de luz e água, do gás de cozinha e do combustível e sofrendo ainda os impactos da pandemia.
O Governador Zema, na tentativa de fechar a COHAB-MG, realizou em Outubro deste ano uma troca na presidência da Companhia. Até hoje, o novo dirigente se nega a receber os movimentos e as famílias para o diálogo, inclusive pediu o adiamento de reunião agendada no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Tribunal de Justiça de MG, onde o conflito está sendo mediado. Diante da urgência da situação não restou outra alternativa a não ser reivindicar a imediata abertura de diálogo com as ocupações Carolina Maria de Jesus, Manoel Aleixo e Vicentão.
Diante do exposto, as famílias reivindicam: 1) reunião imediata com o Governador Zema e com o novo Presidente da COHAB-MG; 2) garantia do cumprimento do acordo por parte da COHAB-MG, com definição de prazo para o reassentamento definitivo; 3) reabertura de tratativas em torno dos imóveis a serem repassados para os reassentamentos; 4) alternativas temporárias emergenciais para as famílias.
Após o dia inteiro acampadas, os movimentos conquistaram uma reunião com a COHAB-MG e a Sedese. Depois de horas de reunião, nada foi resolvido e nenhum gesto de solução foi dado por parte da Companhia, que tem a obrigação de cumprir com o convênio assinado junto aos movimentos e às ocupações. O Governo Zema continua a ignorar os problemas do povo trabalhador e a questão da moradia no estado, e tem se negado em resolver o que foi acordado há mais de 4 anos.
Apesar da chuva intensa e do frio, as famílias, em assembleia, decidiram por manter o acampamento na porta do Palácio da Liberdade por tempo indeterminado, até que novos encaminhamentos surjam para o destino das ocupações Carolina, Manoel Aleixo e Vicentão.
Com luta, com garra, a casa sai na marra!