A enfermagem no Estado de Pernambuco, esta completando 15 anos sem reajuste salarial, assim as categorias acumulam uma perda de mais de 76,5% dos salários, levando em conta apenas a reposição da inflação no período.
Redação de PE
O dia 10 de fevereiro foi marcado por muita luta e combatividade da enfermagem em Pernambuco. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem atenderam o chamado do SEEPE (Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco) e do SATENPE (Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco), sindicatos das categorias e foram às ruas para exigir valorização do Governo do Estado e a aprovação do PL 2564/20, que está em tramitação na Câmara Federal e instituir o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira.
A enfermagem no Estado de Pernambuco, esta completando 15 anos sem reajuste salarial, assim as categorias acumulam uma perda de mais de 76,5% dos salários, levando em conta apenas a reposição da inflação no período.
Organizados em caravanas, os profissionais do interior também participaram, garantindo a presença de aproximadamente 700 trabalhadores e trabalhadoras de mais de 10 municípios, concentrados inicialmente na frente do Hospital da Restauração – maior emergência pública do estado –, seguindo pela Avenida Conde da Boa Vista e terminando a bela caminhada na frente do Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife.
“Estamos em busca do reconhecimento dessa categoria que foi e ainda é fundamental no combate à pandemia. Não basta bater palmas, agradecer e chamar de heróis. Queremos a valorização nos salários, queremos condições dignas de trabalho”, declarou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SEEPE), Ludmila Outtes.
A mobilização foi suspensa após o recebimento da pauta de reinvindicações pelo secretário da casa civil do estado, José Maurício Cavalcanti, e o agendamento de uma mesa de negociações para retorno dos pontos solicitados no próximo dia 17 de fevereiro. Os sindicatos já mobilizam uma assembleia conjunta para a noite do dia 17. “A pressão não pode parar. Não vamos esmorecer e se o governo não der o resultado que queremos na negociação, vamos convocar a categoria para uma paralisação”, finalizou Ludmila.