Manifestação organizada por estudantes e sindicado da educação, cobrou a destituição, exoneração e prisão do Janir Alves, reitor-interventor na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Mais recentemente, Janir apoiou os terroristas na invasão dos prédio dos três poderes em Brasília.
Mauri Antunes | Diretor da UEE MG
Fotos de Vinícius Matias
MINAS GERAIS – Nessa ultima quinta, dia 12/01, aconteceu o ato pela democracia e pela destituição do Reitor-interventor Janir Alves. O Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino – SINDIFES, organizou uma caravana para Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde o movimento Correnteza, a União da Juventude e Rebelião, o Movimento Luta de Classes e a Unidade popular fizeram-se presentes em defesa da democracia e autonomia universitárias, que foram desrespeitadas com a indicação de Janir pelo ex presidente Jair Bolsonaro para estar a frente da Universidade. Mesmo com um percentual de apenas 6% dos votos da comunidade, que em contrapartida votou majoritariamente na chapa 1, em que estava a frente como candidato a Reitor o professor Alexandre Christófaro Silva, o interventor tomou posse.
Janir Alves é apoiador do Bolsonaro, que reforça a política de sucateamento das universidades públicas. Alves fez diversas manifestações em defesa dos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 08/01, no ataque aos prédios dos três poderes. Ainda, Janir foi acusado de racismo contra um técnico administrativo representante da sua classe no CONSU (Conselho Universitário), sendo esse expulso a mando do Reitor. Estudantes sendo perseguidos, com tentativas de fechamento da moradia universitária e as bolsas de permanência sendo cortadas.
É inaceitável o representante máximo da instituição ter posições antidemocráticas, preconceituosas, tendo em vista, o papel da universidade como polo de resistência, como aconteceu na ditadura civil-militar em 1964, e como acontece ainda hoje sendo que a educação foi a principal inimiga do governo Bolsonaro e dos seus aliados. Ademais, a instituição é local de fomento do pensamento crítico, na construção de uma ciência popular, fortalecimento no desenvolvimento social e em defesa da democracia.
O ato aconteceu na UFVJM no campus JK, com fechamento de uma das vias, feitas diversas intervenções dos movimentos sociais e entidades, foi lida uma carta em defesa da democracia, assinada pelos diretores das unidades de ensino. Logo após, em caminhada á Reitoria, o movimento estudantil se dirigiu aos blocos de sala de aula, chamando os estudantes a se somarem ao ato com os demais setores. O ato continuou em marcha até chegar á Reitoria, onde aconteceu a ocupação simbólica do espaço e com palavras de ordem pedindo a destituição, exoneração e prisão do Janir Alves, mesmo com a ausência dele, que covardemente se escondeu do ato.