A reunião teve como objetivo aprovar a formação de mais dois núcleos na região e planejar as próximas lutas
Nathalia Vergara
MOGI DAS CRUZES – No ativo, foi realizado o estudo “O núcleo de base é o mais importante organismo da UJR” e aprovado a criação de um núcleo em Poá, além da formação de mais um núcleo em Mogi das Cruzes, totalizando quatro coletivos na região do Alto Tietê.
Os militantes saudaram o crescimento do movimento, que veio em consonância com o crescimento da Unidade Popular (UP). Os presentes reforçaram, também, a importância de um movimento de vanguarda para a conscientização da juventude na luta por seus direitos e pela construção do socialismo.
Dentre as principais reivindicações da região estão a atuação nos bairros, em especial os periféricos; valorizar a cultura popular, por meio de cine debates e batalhas de rima; ampliar o diálogo com a juventude que cresceu dentro de instituições religiosas; e desenvolver atividades que possam conscientizar os jovens na luta feminista, além de organizar mais mulheres na UJR.
A saúde mental dos militantes também foi um dos principais pontos debatidos no ativo, entendendo que o autocuidado para evitar sofrimentos psíquicos, como depressão e ansiedade, e evitar o uso de drogas como forma de alienação aos sofrimentos oriundas do sistema capitalista também é uma tarefa revolucionária. Ir à terapia, realizar atividades físicas e discutir problemas pessoais dentro do coletivo foram atitudes incentivadas pelo ativo.
A análise de conjuntura regional também incentivou a continuação de algumas de nossas lutas, como a permanência da UJR nas escolas estaduais e no Instituto Federal de Suzano, criticando o ensino desigual que funciona atualmente; denunciar o Plano Municipal de Educação aprovado pela Câmara de Mogi das Cruzes no ano passado, que retira pautas relacionadas à diversidade nas escolas; a luta pelo passe livre irrestrito; denunciar e combater as ações de fascistas na região, mantendo-nos vigilantes, principalmente devido ao governo Tarcísio e a tentativa de golpe que ocorreu em 8 de janeiro, em Brasília; etc.
Compreendendo a importância do estudo atrelado à prática, também foram recomendados o planejamento de cursos de formação ao longo do ano e a realização de alguns estudos – individuais e para reuniões como “O Dirigente Comunista se Forja Todos os Dias”, do Diógenes Arruda, e estudos sobre a pasta de finanças.
Apesar do crescimento e das inúmeras lutas que podem e devem ser pautadas, a região compreende que a única solução para os problemas da juventude se dá pelo fim do capitalismo e pela construção do socialismo, desta forma, o ativo serviu apenas como um organizador, mas é por meio dos núcleos, com um debate pautado no centralismo democrático, que nossas lutas serão organizadas. É preciso manter cada coletivo formado e que ainda irá se formar como máquinas com funcionamento próprio.
Será através das ações de cada núcleo e com atividades de agitação e propaganda que realizaremos nosso primeiro passo para a revolução: continuar crescendo até ter um núcleo em cada cidade, em cada bairro, em cada escola, formando jovens cada vez mais preparados para se tornarem futuros quadros.