Segundo dados do IBGE, o RJ ocupa o terceiro lugar no ranking de desigualdade, perdendo apenas para Paraíba e Roraima. Enquanto a população fluminense tem um dos mais baixos padrões de vida do Brasil, os ricos do Rio de Janeiro vivem uma vida luxuosa e cheia de regalias.
Igor Barradas | Redação RJ
BRASIL – O capitalismo impõe insuportáveis condições de vida para o povo, particularmente para a população pobre. Dito isto, a realidade do Rio de Janeiro não poderia ser diferente. Um estado conhecido por suas belezas naturais, sua cultura e sua famosa cidade maravilhosa, segundo dados do IBGE, ocupa o terceiro lugar no ranking de desigualdade, perdendo apenas para Paraíba e Roraima.
A distribuição de renda no estado é muito desigual, com uma pequena parcela da população detendo a maior parte da riqueza. Quem mora no Rio de Janeiro vive em um estado fabulosamente rico, que conta com incalculáveis recursos naturais. Entretanto, a população tem um dos mais baixos padrões de vida do Brasil e é obrigada a possuir uma existência miserável, enquanto os ricos vivem uma vida luxuosa e cheia de regalias.
De fato, somente em 2021, enquanto a família do ex-presidente Bolsonaro acumulava mansões em condomínios Barra da Tijuca, 1,2 milhão de fluminenses (7,3% da população) sobreviviam com um pouco mais de R$ 5 por dia.
Como sobreviver com R$ 5 por dia? É justo um ser humano receber isso, enquanto empresários lucram bilhões com exploração? Segundo o IBGE, mais de 4 milhões vivem abaixo da linha da pobreza no estado, mostrando que o povo do Rio de Janeiro morre de fome, vive na miséria e no desamparo.
Falta de moradia, saneamento e emprego
De acordo com o IBGE, a renda média mensal domiciliar por morador no Brasil teve um aumento de 6,9%, enquanto no RJ o crescimento foi de apenas 4%. Ou seja, a renda dos trabalhadores fluminenses está crescendo menos do que a média nacional.
A capital do estado, por exemplo, possui um enorme déficit habitacional. A população sofre com os aluguéis e metros quadrados mais caros do país. Na prática, são obrigados a morar de favor na casa de conhecidos, debaixo de viadutos e em praças públicas.
Nas periferias a população sofre com a especulação imobiliária liderada pelas milícias. Já nas áreas centrais, existe um processo de expulsão das famílias pobres.
A renda média do trabalhador fluminense é pior do que a média nacional
Segundo o mesmo estudo do IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar por morador no Brasil é de R$ 1.438, enquanto no RJ é de R$ 1.287. Isso significa que, em média, os trabalhadores fluminenses ganham menos do que os trabalhadores de outros estados.
A verdade é que essa situação insuportável de vida não existe à toa. Ela ocorre pois aos meios de produção, junto com as fábricas, os bancos, as florestas, a água, o subsolo, as matérias-primas, estão na posse de uma minoria de alguns indivíduos que se servem disso para explorar outros indivíduos ou outras classes.
O capitalismo é, portanto, o sistema econômico e social responsável pela imensa desigualdade e miséria no estado fluminense. Dessa forma, é preciso construir o poder popular e o socialismo como alternativa para acabar com a fome, o desemprego e a miséria que ameaçam o povo.