A publicação e leitura de “O Falso Socialismo Chinês” ganham ainda mais importância, hoje, com o aprofundamento das contradições interimperialistas, que levaram à guerra na Ucrânia e ameaçam arrastar a humanidade para um novo conflito de caráter mundial.
Redação
TEORIA MARXISTA – As Edições Manoel Lisboa lançaram, em junho, a segunda edição do livro “O Falso Socialismo Chinês”, escrito por Luiz Falcão, diretor de redação de A Verdade e membro do Comitê Central do PCR.
O livro teve sua primeira edição publicada em 2007 e rapidamente se esgotou. Essa nova edição, revista e atualizada, traz novos dados e estatísticas do avanço do capitalismo na economia chinesa na última década e um capítulo a mais (A China, as exportações de capitais e o imperialismo), além de aprofundar a crítica às falsificações do marxismo-leninismo promovidas por Deng Xiao Ping, Xi Jinping e seus seguidores brasileiros.
A publicação e leitura de “O Falso Socialismo Chinês” ganham ainda mais importância, hoje, com o aprofundamento das contradições interimperialistas, que levaram à guerra na Ucrânia e ameaçam arrastar a humanidade para um novo conflito de caráter mundial. “É difícil acreditar que uma das duas potências aceitará ser subjugada pela outra, principalmente agora que a Rússia e a China formaram uma aliança econômica e militar. Dois grandes blocos estão formados no mundo e cada um deles se prepara para a guerra”, afirma o autor.
A crítica ao chamado “socialismo de mercado”, a explicação de como se deu o retrocesso da China ao capitalismo, a situação dos trabalhadores chineses e o domínio dos monopólios sobre a economia do país são outras questões abordadas na obra, que também merecem a atenção do leitor.
Ao mesmo tempo que desmascara, com dados e argumentos sólidos, a falácia do “socialismo com características chinesas”, Luiz Falcão faz uma exposição tão simples quanto profunda do que é o socialismo e quais suas principais características. “Esperamos que os leitores e leitoras compreendam que este livro é uma pequena contribuição à luta contra o revisionismo moderno e uma defesa da atualidade da doutrina marxista-leninista”, explica.
O livro termina com a defesa da necessidade da revolução proletária e de se aprender com os erros cometidos. “Os erros que ocorreram são parte do aprendizado do exército da revolução proletária. Passar por essas amargas experiências de construção do socialismo e enfrentar o moderno revisionismo são passos indispensáveis na caminhada da classe operária e da sua vanguarda rumo ao comunismo”.
Já está em preparação a tradução para inglês, francês e espanhol do livro, que pode ser adquirido nos estados ou pelo site de A Verdade no endereço www.averdade.org.br.
Matéria publicada na edição nº 274 do Jornal A Verdade.
A obra do camarada Luiz Falcão é tão necessária, quanto urgente na instrumentalização teórico revolucionária da militância no debate em todos os espaços de poder da sociedade burguesa brasileira (mas, não apenas no Brasil), sobre tudo na academia. Como militante comunista (UP/PCR) e estudante Economia de uma universidade estadual (UESB), tida como de terceira linha.
A obra propõe um rico, honesto e esclarecedor debate sobre o boom econômico na China apresenta duas frentes de ataque: àquela da turma liberal progressista da falida socialdemocracia mundial que busca no “crescimento” chinês um álibi “teórico” das ciências econômicas para continuar defendendo a verborragia da intelligentsia burguesa, suas instituições políticas e seu nefasto sistema capitalista; outra, de intelectuais orgânicos da burguesia (direitistas/extrema-direita) que se arvoram a atacar vorazmente o legado revolucionário no processo histórico de construção efetiva do socialismo na Rússia (1971-1956) e na China (1949-1970), o comunismo, o marxismo-leninismo e o papel do Partidos Comunista Revolucionário e devir da revolução comunista.
A escrita é impecável! O domínio na análise precisa dos fatos sóciohistóricos o torna irretocável, aliás, incontestável. Suas hipóteses são cirúrgicas, bem fundamentadas e vão sendo confirmadas uma a uma. A abordagem teórica está calcada em farto material de pesquisa e estatísticas, submetidas ao rigoroso crivo do método analítico oferecido pelo instrumental teórico marxista–leninista.
Li com uma avidez a obra (quer dizer devorei) e recomendo a toda a militante comunista não apenas brasileira, mas americana, europeia, asiática, africana e da Antártida. Quero parabenizar ao camarada Luiz Falcão pela necessária, urgente e cirúrgica obra que enriquece as relações de ensino-aprendizagem no processo de formação comunista!