Fundado em 2005, o MLC vem crescendo sua participação em sindicatos e categorias e se apresenta como uma corrente sindical classista, que, além das lutas econômicas imediatas, defende o socialismo como saída para a opressão vivida pelos trabalhadores. Hoje, o MLC atua nas cinco regiões do país e vem, junto à Unidade Popular (UP), aumentando sua influência no seio da classe trabalhadora.
Pedro Vieira | Belo Horizonte
TRABALHADOR UNIDO – Nos dias 18, 19 e 20 de agosto, será realizado o 2º Congresso Nacional do Movimento Luta de Classes (MLC), em São Paulo. O Congresso terá como tema “Organizar a classe trabalhadora por direitos e pelo Socialismo”.
Antes da etapa nacional, estão sendo realizados Congressos Estaduais. O primeiro aconteceu em Pernambuco, nos dias 27 e 28 de maio. Segundo Ludmila Outes, presidenta do Sindicato dos Enfermeiro (Seepe), “alguns pontos foram muito importantes na discussão, a exemplo do envolvimento da participação das mulheres na luta sindical. Precisamos ampliar cada vez mais esse debate, nos nossos núcleos e nas nossas direções, para que a gente consiga, de fato, representar a classe trabalhadora dentro do nosso movimento”.
Nos dias 17 e 18 de junho, foi a vez de São Paulo e Santa Catarina. “Realizamos assembleias do MLC em seis regiões do estado, que elegeram a delegação estadual. Do ponto de vista do avanço de nossa presença nos sindicatos, foi um momento de muita alegria quando foram dados os informes de nosso crescimento para muitas categorias”, relata Ricardo Senese, da Coordenação do MLC paulista.
Já no dia 24 de junho, a militância do Rio de Janeiro se reuniu na sede do Sinttel-Rio. No dia 25, foi a vez do Congresso Regional de Minas Gerais e Espírito Santo. No dia 1º de julho Alagoas e Pará realizaram seus Congressos. Nas próximas semanas, todos os demais estados onde temos militância do MLC realizarão seus Congressos.
Fundado em 2005, o MLC vem crescendo sua participação em sindicatos e categorias e se apresenta como uma corrente sindical classista, que, além das lutas econômicas imediatas, defende o socialismo como saída para a opressão vivida pelos trabalhadores. Hoje, o MLC atua nas cinco regiões do país e vem, junto à Unidade Popular (UP), aumentando sua influência no seio da classe trabalhadora.
Os últimos anos foram de inúmeros ataques a direitos históricos dos trabalhadores, a exemplo da aprovação da terceirização irrestrita e das Reformas Trabalhista e da Previdência, além do processo de carestia e a defasagem dos salários. Todos esses fatores jogam para que cerca de 40% da classe trabalhadora esteja hoje na informalidade, a maioria sobrevivendo de bicos. Se no Brasil temos 33 milhões de pessoas passando fome e cerca de 100 milhões em insegurança alimentar, é porque o direito ao trabalho digno é negado à maioria do nosso povo.
O avanço do fascismo no Brasil e no mundo é uma resposta da burguesia, que, para manter seus lucros mesmo em um cenário de crise econômica, aplica diversas medidas de austeridade, defende políticas de privatização e mantem mecanismos para desviar orçamento público, como o pagamento de juros e amortização da dívida pública. Essa mesma burguesia é quem financia atos golpistas no nosso país e constrói figuras políticas como Bolsonaro.
Nesse cenário, construir um sindicalismo combativo, que rompa com a burocracia e a apatia, é uma tarefa central na transformação da nossa sociedade.
Matéria pulicada na edição nº 274 do Jornal A Verdade.