CIPOML apoia a resistência do povo palestino

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A pergunta “quem atacou primeiro?” não tem sentido nas condições da contínua agressão e perseguição de Israel à nação palestina! O principal é que a resistência do povo palestino pelos seus direitos nacionais e a resistência contra o ocupante sejam justificadas e legítimas. Os agressores não são os resistentes palestinos, mas o injusto Estado sionista de Israel.

Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas (CIPOML)
Tradução: Igor Barradas 


INTERNACIONAL –  O estado de Apartheid de Israel elevou os seus ataques contra o povo palestino a um novo nível após a “operação” Al Aqsa Flood contra Israel lançada na manhã de 7 de Outubro pelo Hamas e outras Organizações de Libertação da Palestina.

A “operação” que envolveu o lançamento de foguetes a partir de Gaza, a entrada de vários grupos de guerrilheiros em Israel a partir de diferentes pontos, a captura de uma passagem de fronteira e de um esquadrão da polícia, bem como a tomada de alguns soldados e civis israelenses como reféns, foi respondida pela habitual agressão dos israelenses. O sionismo, incluindo os assassinatos em massa, continuam os ataques.

Israel, apoiado pelos imperialistas, têm atacado constantemente o povo palestino, ocupando as suas terras e negando sob a mira de uma arma o direito da nação palestina à autodeterminação.

A burguesia isralense e o sionismo defendido por ela dificilmente reconhecem o direito à vida, muito menos direitos nacionais iguais aos palestinos. O governo racista israelense, que constrói uma ilegalidade imprudente dentro do país, continua os seus ataques ao povo palestino sem interrupção. A artilharia e os aviões israelenses bombardeiam a Faixa de Gaza, não deixando pedra sobre pedra, sem qualquer necessidade de justificação. Hora em hora, entram em Gaza com os seus tanques e nunca cessam a sua crueldade.

Na Cisjordânia, a tirania contra o povo palestino é ilimitada. Em Jenin, atacada num passado recente, muitos filhos e filhas do povo palestino morreram. Israel sionista, que declarou Jerusalém como o local sagrado de três religiões, como sua capital, não apenas ignorou o estatuto especial da cidade, mas também visou Al Aqsa e, portanto, a fé dos palestinos.

A burguesia reacionária israelenses expulsou o povo palestino das suas terras, diminuindo dia após dia o seu espaço de vida, e expandiu continuamente os territórios ocupados. Abrem constantemente espaço para novos colonos e aumentam esses assentamentos em detrimento do povo palestino. O número de palestinos expulsos do seu país excede há muito o número dos que continuam a viver na Palestina. E estes últimos lutam para exercer os direitos humanos mais básicos, o direito à vida e exercer o direito de determinar livremente o seu destino.

A pergunta “quem atacou primeiro?” não tem sentido nas condições da contínua agressão e perseguição de Israel à nação palestina! O principal é que a resistência do povo palestino pelos seus direitos nacionais e a resistência contra o ocupante sejam justificadas e legítimas. Os agressores não são os resistentes palestinos, mas o injusto Estado sionista de Israel.

A resistência contra o Apartheid israelense e a agressão contra a Palestina e o povo palestino só podem ser apoiadas. Condenando Israel, suas agressões e massacres, a CIPOML apoia até ao fim a resistência justa do povo palestino.

Ao condenar o Hamas, os EUA e os imperialistas europeus e as suas uniões imperialistas apoiaram abertamente Israel e a sua agressão. Apoiar a agressão contra o povo palestino, desrespeitando o princípio da igualdade de direitos, é o caráter dos imperialistas que atacam eles próprios os povos. E já no Oriente Médio, Israel, como “posto avançado” do imperialismo, contando com os imperialistas e obtendo força deles, continua a sua ocupação, negação de direitos e ataques contra o povo. Esses imperialistas têm bases militares e tropas na região, apoiam os seus colaboradores e lutam entre si pela redivisão da região.

O que parece ser diferente é a posição dos países reacionários da região, incluindo a Turquia e os países árabes, que apelam à contenção de todas as partes. Com esta posição, os países reacionários da região, que estão em processo de melhoria das suas relações com Israel, com excepção do Irã, que declarou apoiar a luta dos palestinos pelos seus direitos, estão a dar palmadinhas nas costas dos israelenses.

Não! Clareza é essencial. A neutralidade ou uma posição de “mediação” não podem ser desenvolvidas face à desumanidade do sionismo israelense. A Resistência Palestina, que exige a igualdade política nacional de direitos e o direito à condição de Estado é justa e deve ser apoiada. Qualquer “solução” que não reconheça a igualdade de direitos dos palestinos não pode ser uma solução e não pode pôr fim aos conflitos nacionais.

A ideia de que o confronto imperialista está a deslocar-se para outras regiões que não o Oriente Médio e que os conflitos na região estão a diminuir é errada. Os imperialistas e seus colaboradores estão ativos na região. Além da contínua opressão e tirania israelenses, da Síria e do renovado conflito Armênia-Azerbaijão, a Turquia está a bombardear os habitats curdos no Iraque e na Síria. A questão curda, juntamente com a questão palestina, é um problema antigo da região, e as lutas dos imperialistas e o envolvimento dos seus colaboradores para a redivisão da região e a falta de uma solução para estes dois problemas fazem da região um borbulhante “caldeirão de bruxa”.

Israel deve parar todos os ataques imediatamente!

A ocupação deve acabar e Israel deve retirar-se de todos os territórios ocupados!

Israel deve parar com a sua política de abertura de novos colonatos!

O estatuto de Jerusalém como capital deve acabar e a cidade deve ser restaurada ao seu antigo estatuto!

Plena igualdade de direitos nacionais para a nação palestina – o direito à autodeterminação, incluindo o direito à condição de Estado!