Entre os dias 3 e 5 de novembro, militantes de todo o país estiveram no Rio de Janeiro para o 3⁰ Congresso Nacional da Unidade Popular pelo Socialismo. Leonardo Péricles e Samara Martins foram reeleitos presidente e vice-presidenta do partido no evento marcado pela reafirmação dos compromissos revolucionários do partido.
Redação
BRASIL — Com a palavra de ordem “Construir o partido antifascista do Brasil”, mais de 200 delegados de 22 estados e do Distrito Federal se reuniram na capital fluminense para debater a política do Partido e reafirmar o compromisso da luta revolucionária e antifascista da Unidade Popular pelo Socialismo.
O papel decisivo que o partido cumpriu no último período, organizando o povo para ocupar as ruas contra o fascismo foi pautado em todo o Congresso Nacional. Agora, a necessidade de avançar ainda mais o trabalho entre o povo pobre pela construção do socialismo do Brasil e pela derrota total do fascismo foi pautado em todo o Congresso Nacional.
Os espaços do congresso reafirmaram que a UP deve ser a principal força política para fazer frente ao fascismo no Brasil. Em todo país, o partido quintuplicou o número de filiados, mesmo com uma legislação antidemocrática. “Essa legislação antidemocrática impede que o partido tenha tempo de propaganda na TV, no rádio, até mesmo na internet. Mesmo assim, isso não impediu o desenvolvimento da UP nos últimos anos.” afirmou Luiz Falcão, diretor de Redação do jornal A Verdade.
Por isso, o fórum partidário máximo da UP debateu a tarefa prioritária de organizar os núcleos (organismos de base capazes de assegurar a coordenação das ações partidárias) e assim transformar a UP numa imensa força capaz de intervir na luta política, econômica e ideológica.
De acordo com Leonardo Péricles, presidente nacional reeleito do partido, “a questão fundamental é a luta pela prisão de Bolsonaro e de generais golpistas. É uma das palavras de ordem mais importantes. Fizemos uma jornada importante com esse tema agora no mês de outubro levantando essa bandeira. Nós estamos falando disso porque um dos objetivos centrais que fazemos é abrir uma fenda no processo histórico para que o povo acerte as contas com seu passado. E quando falamos nisso, falamos que queremos o julgamento de torturadores e criminosos do passado imediatamente”.
O aprofundamento da crise que o capitalismo e o fascismo impuseram ao nosso país exige, como resposta, a nossa organização para enfrentar os desafios atuais. Os delegados presentes se concentraram na defesa da tarefa fundamental de filiar as milhares de pessoas que têm o mesmo desejo de mudança e transformação que nós temos.
No segundo dia de Congresso, era o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino. Na atividade foi realizado um ato em apoio à luta dos palestinos. As delegações reunidas expressaram sua irrestrita e incondicional solidariedade à luta do povo palestino e aprovaram uma moção em defesa deste bravo povo.
“Apenas a mobilização e a solidariedade dos povos explorados do mundo pode dar um fim ao regime sionista e fascista de Israel e garantir a construção do Estado palestino.”, afirma um trecho do documento aprovado.
Novo diretório eleito
O evento também reafirmou o compromisso de que os militantes do partido não descansarão enquanto o fascismo existir no país e no mundo e enquanto os direitos dos trabalhadores forem retirados.
A atividade foi um marco na história do Partido no país e conclamou a militância a estar nas lutas para defender os direitos da classe trabalhadora, organizar o povo para construir o socialismo e derrotar o fascismo. “Iniciamos esse Terceiro Congresso com um expressivo crescimento do nosso partido. Aprofundamos a organização desde o segundo congresso e continuamos a nos estruturar. Neste congresso, temos representantes de todas as regiões do Brasil.”
Ao final do 3⁰ Congresso, foi eleita uma nova composição para o Diretório Nacional com representantes de todas as regiões do país e Leonardo Péricles e Samara Martins foram reeleitos presidente e vice presidenta do partido.
“É muita alegria que a gente tem, combatividade, para construir esse partido que só cresce em nosso país. Para construir esse partido antifascista. Do Congresso, sairá a nossa política revolucionária para todo o pais”, disse Samara Martins.