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domingo, 24 de novembro de 2024

Direto das ruas: brigadistas contam como é trabalhar e aprender com o jornal A Verdade

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Relatos mostram que um jornal popular é fundamental para mobilizar a militância e chegar até a classe trabalhadora.

Queops Damasceno e Mariana Belfort | Redação


IMPRENSA – O jornal A Verdade deu um giro no país coletando relatos de companheiros e companheiras que se destacam com o trabalho de vendas nas brigadas. A tiragem do jornal tem aumentado a cada edição e isso se deve ao trabalho de todos os brigadistas que vão às ruas todas as quinzenas levar as ideias da revolução e do socialismo aos grandes centros urbanos. A brigadas tem unido a militância em todo o país com o objetivo de mobilizar a classe trabalhadora para exigir 100% de aumento no salário-mínimo, revogação das reformas trabalhista, da previdência e do ensino médio e prisão para Bolsonaro e seus cúmplices, os generais fascistas.

“Em São Luís [MA], nós estamos melhorando nosso trabalho com o jornal e, a cada edição, conseguimos integrar mais militantes graças a uma maior organização das brigadas”, diz John Alencar, diretor da Fenet. Como resultado, “foi também montada uma comissão de agitação e propaganda, conseguindo, assim, direcionar a militância para pontos estratégicos, planejando as equipes e estabelecendo metas para cada brigadista”, complementa. Dessa forma, foi possível aumentar as cotas por meio da sistematização e controle da distribuição dos jornais e da prestação de contas.

Outro ponto importante para atingir melhores resultados com o trabalho do jornal é o planejamento prévio dos pontos de brigada. Na Paraíba, havia uma grande dificuldade em mais militantes se somarem às atividades. A solução, segundo Emanuel Fernandes, foi “reformular e discutir nos núcleos da Unidade Popular o funcionamento das brigadas, passando a aumentar o foco nos mercados públicos de João Pessoa, Campina Grande e Cajazeiras, garantindo a ampliação da nossa intervenção política, mais envolvimento dos militantes e o aumento das vendas em todo o estado”. Assim, é possível, por meio da descentralização dos locais, que as brigadas sejam realizadas em pontos mais próximos aos militantes, evitando grandes deslocamentos e facilitando a participação. 

Emanuel contou como a discussão das brigadas nos núcleos da UP ajudou no trabalho do Jornal A Verdade. Foto: JAV/PB

Para que isso aconteça, a definição prévia de quem irá para cada local é indispensável. O essencial é a divisão dos brigadistas por local de moradia ou atuação, em grupos de duas a quatro pessoas. “Aqui no Rio Grande do Sul, vamos em equipes pequenas ou em duplas. Enquanto alguém faz a agitação, os demais vão mostrando e oferecendo o jornal. Em um mês de trabalho, com uma equipe fixa, vendemos 140 jornais. Nesta edição [nº 280] vendemos 64 jornais com apenas uma dupla, e ainda teve gente perguntando se tinha mais para comprar. Mais militantes vêm participando e o trabalho com o jornal está se desenvolvendo”, disse Fernanda Pegorini, de Porto Alegre.

A expansão das brigadas reforça a necessidade do planejamento estratégico, pois, como disse Liniker Assunção, do Paraná, “as brigadas são sempre um processo de aprendizado interno e coletivo. Por exemplo, em Curitiba, deram muito certo as brigadas em portas de empresas. Já em São José dos Pinhais, focamos mais nos terminais e comunidades em que temos algum trabalho. Sendo assim, cada local e situação merece uma estratégia diferente”. Além disso, “é fundamental ouvir, escutar o que a nossa classe está pensando sobre as matérias e coletar suas experiências, pegar contatos e divulgar as redes digitais. As pessoas compartilham conosco da situação de explorados e vão se identificar com nossa proposta se assim soubermos explicar e acolher”. Por isso, a existência do jornal popular impresso reafirma que é na rua que devemos estar, em constante contato com os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país.

“Em um mês de trabalho, com uma equipe fixa, vendemos 140 jornais.”, afirmou Fernanda Pegorini, que trabalha com o Jornal no RS. Foto: JAV-RS

E é exatamente isso que Seu Pedro, de Diadema (SP), faz melhor. “Olha, eu acho o nosso jornal muito importante. Eu já cheguei a ter uma cota individual de 60 jornais. Aí, recentemente, eu tive uma ideia de colar quatro jornais numa placa de madeira. A gente coloca a placa na frente dos brigadistas e sai agitando: ‘Olha o jornal A Verdade! Tamo aqui na feira apresentando o jornal A Verdade pra você que é trabalhador e trabalhadora, pra você que é operário, você que é diarista, pra você que é feirante. Venha aqui conhecer a verdade, porque a verdade existe. A verdade somos nós que acordamos cedo e viemos aqui trabalhar. Veja aqui a nossa luta pela classe operária’. E assim a gente segue agitando, fazendo nossa brigada e pegando contato dos trabalhadores”.

De fato, uma ótima experiência de agitação, que deve ser adaptada para cada local de brigada no país. Afinal, melhorar nossa apresentação visual também faz parte da nossa estratégia de atrair a atenção de quem passa na rua e está cansado de tanta mentira da grande mídia burguesa.

Na próxima edição (nº 282), daremos continuidade aos relatos dos brigadistas do jornal A Verdade.

“Em São Luís [MA], nós estamos melhorando nosso trabalho com o jornal e, a cada edição, conseguimos integrar mais militantes graças a uma maior organização das brigadas”, aifrmou John Alencar. Foto: JAV-MA
“É fundamental ouvir, escutar o que a nossa classe está pensando sobre as matérias e coletar suas experiências, pegar contatos e divulgar as redes digitais.”, afirmou Liniker sobre o dia a dia das brigadas, no Paraná. Foto: JAV-PR

Matéria publicada na edição nº281 do Jornal A Verdade.

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