UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

A importância da prestação de contas e das brigadas do jornal A Verdade

Outros Artigos

“O jornal comunista deve tentar ser uma empresa comunista, isto é, uma organização proletária de combate, uma associação de operários revolucionários, de todos os que escrevem regularmente para o jornal, que o compõem, imprimem, administram, distribuem, reúnem o material de informação, discutem e elaboram nos núcleos” – III Internacional Comunista, 1921

Cadu Machado | São Paulo (SP)


O último ano foi de grandes avanços para o jornal A Verdade, que se tornou quinzenal, inaugurou uma nova identidade visual, duplicou suas vendas, passou a ter um comissão editorial, entre outras mudanças.

Esta nova fase de nosso trabalho apresenta novos desafios, que só poderão ser resolvidos aperfeiçoando nossos métodos de direção e elaborando novos métodos de trabalho. Pontos centrais para isso são o aumento das vendas nas Brigadas Nacionais e a melhoria da prestação de contas das vendas.

O papel das brigadas 

Brigada é o nome que damos à venda coletiva de jornais. Dias em que militantes se organizam e vão às ruas apresentar o jornal para a população. As brigadas do jornal A Verdade constituem uma atividade política fundamental para nosso partido. São momentos de agitação política e de formação de nossos militantes. 

Durante as brigadas, avaliamos a conjuntura, propomos aos trabalhadores o que fazer para mudar sua situação de vida, ouvimos suas reações e apresentamos o programa da revolução, aumentando a influência de nossa ideologia entre a classe trabalhadora.

Mas, além do papel político e ideológico que as brigadas cumprem, elas também vêm se tornando o principal espaço de vendas do jornal, chegando a representar mais da metade dos jornais vendidos a cada quinzena.

A Brigada Nacional é um dos dias mais importantes do calendário da militância. Ocorre todo primeiro sábado após a chegada da nova edição do jornal impresso. 

Uma experiência positiva 

A política de Brigadas Nacionais foi implementada no período seguinte às coletas de apoio para a legalização da Unidade Popular. Os militantes estavam acostumados com o trabalho e já tinham seus sábados reservados para o trabalho de rua. Esses aspectos foram aproveitados e as brigadas ocuparam este calendário.

Além de aumentar o número de exemplares vendidos, as Brigadas Nacionais também melhoraram a relação dos militantes com o jornal, que passaram a ter contato com os exemplares e sua política editorial no começo do mês (atualmente quinzena). 

Este efeito das Brigadas Nacionais não pode ser medido quantitativamente, mas, desde o início desta política, recebemos relatos de nossa militância falando das brigadas como sua atividade favorita, por ser o momento de transmitir nossa política para o povo, que a recebe bem. Assim, o sábado da Brigada é um calendário especial para todas as nossas organizações. E a primeira luta política em torno deste dia é para que a Brigada seja prioridade absoluta.

A indicação geral é que nenhuma outra atividade seja marcada no mesmo dia, garantindo exclusividade da militância para o jornal. Quando é inevitável o conflito de agendas, é importante que a brigada seja considerada critério de participação para a outra atividade. Ou seja, o militante só pode participar da atividade, caso tenha ido à Brigada em outro turno. Definitivamente, este debate não é simples, mas precisa ser encarado. 

Depois de garantir a presença dos brigadistas, é importante orientar a todos politicamente e ensinar os mais novos sobre o método. Para isso, há duas indicações: 

  1. Que os militantes assistam ao programa “Café com A Verdade” no YouTube, que discute quinzenalmente o editorial do jornal;
  2. A realização de centralizações antes do início das vendas. Nesse momento, a equipe lê e debate a matéria editorial, orienta sobre como será a atividade, tira dúvidas e define sua meta.

Realizadas as centralizações, é hora de falar com o povo e vender os jornais. 

A forma como isso acontece depende muito do lugar em que se realiza a brigada. Em alguns locais, um militante fala na caixa de som enquanto outros abordam quem passa; em outros, os militantes vão de porta em porta para vender; ainda temos as brigadas nos ônibus e trens, onde um militante faz uma fala, enquanto os outros distribuem os jornais aos passageiros e depois passam recolhendo as contribuições e os jornais não vendidos.

Prestação de contas

A prestação de contas dos jornais vendidos na Brigada Nacional precisa ser realizada rapidamente, principalmente desde que o jornal se tornou quinzenal. O prazo estipulado para que todos os comprovantes sejam anexados ao sistema de prestação de contas é a terça-feira seguinte à Brigada.

Para isso, utilizamos as mesmas mensagens que elaboramos na mobilização. Cada equipe, conforme as brigadas vão se encerrando, adiciona a quantidade de jornais vendidos, quanto foi arrecadado e quem ficou responsável por depositar o dinheiro na própria mensagem. É assim que sabemos quanto foi vendido e quem deve ser cobrado.

Crescimento do jornal

O trabalho de agitação e propaganda com o jornal é primordialmente político, mas também é econômico, tendo em vista que o jornal é também uma empresa. Não uma empresa capitalista, com foco na reprodução do capital, mas uma empresa socialista.

Para garantir sua manutenção e crescimento, é necessário constante debate, planejamento e execução das políticas do jornal, acompanhadas e submetidas a um constante ciclo de prestação de contas. 

A prestação de contas se dá em diferentes níveis e de formas variadas. A mais importante delas é a prestação de contas políticas, quando debatemos o papel que o jornal cumpre em cada uma de nossas organizações, coletivos e movimentos, avaliando assim o papel que o jornal cumpre no desenvolvimento da revolução brasileira.

Mas também é importantíssimo o acompanhamento da prestação de contas financeira do jornal, já que o jornal precisa se sustentar materialmente para seguir sua luta revolucionária independente do financiamento burguês.

Sendo assim, é importantíssimo profissionalizarmos nossa prestação. 

Novo método

Atualmente o método de prestação e acompanhamento das vendas do jornal é elaborado e implementado de forma local. Isso dificulta o acompanhamento nacional das prestações e impede o crescimento do trabalho em localidades que possuem menores condições técnicas.

Para avançar, avaliou-se a necessidade de unificar o método de prestação em todo o país, utilizando a experiência de automatização da prestação já implementada em alguns estados. 

Sendo assim, nos dedicaremos nos próximos meses a implementar este novo método em todos os estados, com apoio do Departamento Comercial e do coletivo do jornal sediado em São Paulo, que acompanharão a implementação e realizarão o suporte técnico necessário.

Para lidar com novas tarefas, são necessárias novas forças e métodos corretos. Não é possível continuar avançando o trabalho do jornal A Verdade sem formar novos agitadores e propagandistas, envolver todas as nossas organizações neste trabalho e elaborar métodos adequados aos novos desafios que precisamos enfrentar.

Matéria publicada na edição nº 264 do Jornal A Verdade

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes