Entre os dias 7 e 9 de junho, foi realizado o Congresso de Estudantes da UFES (CONEUFES), maior instância de deliberação política e estatutária dos estudantes. O congresso contou contou com mais de 100 estudantes dos quatro campi debatendo importantes pautas nos grupos de trabalhos.
Redação ES
Nos dias 7, 8 e 9 de junho, foi realizado o Congresso de Estudantes da UFES (CONEUFES), maior instância de deliberação política e estatutária dos estudantes. Esse espaço determina o que vai guiar o movimento estudantil da universidade federal capixaba durante os próximos anos.
O congresso contou contou com mais de 100 estudantes dos quatro campi debatendo importantes pautas nos grupos de trabalhos com as temáticas: LGBTQIAP+, mulheres, PCDs, etnico-racial, políticas públicas para a juventude, dentre outros. Durante os dias de debate, uma coisa ficou nítida: não nos bastam apenas discursos e frases prontas que rimam. Não nos basta que se defendam os interesses do povo da boca para fora, sem a realização de ações práticas.
Os movimentos estudantis que compõem o Diretório Central dos Estudantes da UFES (Levante Popular da Juventude, JPT, JSB, UJS), formam a base do governo, o mesmo governo que prefere beneficiar os grandes banqueiros com pagamento da dívida pública e avança com passos lento a recomposição orçamentária para a educação. Essa mesma entidade se posicionou contra a greve dos estudantes em apoio a atual greve dos docentes e servidores técnicos. A truculência desse processo culminou na ruptura das relações da ADUFES (Associação dos Docentes da UFES) com o DCE, o que foi uma perda significativa para o movimento estudantil, devido ao apoio histórico dessa entidade à luta dos estudantes da UFES.
Apesar dos prazos apertados e da falta de divulgação da metodologia e do cronograma do congresso por parte do DCE, o Movimento Correnteza, juntamente ao campo de oposição (Fogo no Pavio, UJC, Pajeú) e estudantes independentes, com grande mobilização dos cursos de serviço social e ciências sociais, conseguiu vitórias expressivas.
Elucidando o processo político que estava sendo realizado, bem como denunciando as incoerências que estavam sendo praticadas pelo DCE, conseguimos avançar na organização do movimento em todos os 4 campi, angariando militantes que enxergaram no Movimento Correnteza uma nova alternativa no cenário político do movimento estudantil universitário.
Para além disso, através de atividades de finanças organizadas combinadas a venda do jornal A Verdade, conseguimos aumentar o nosso caixa, possibilitando maior autonomia e projeção de planos futuros nos campi de São Mateus e Alegre.
Segundo a estudante do curso de Educação Física, Sarah Rodrigues, “Apesar das passadas de perna da majoritária nesse congresso, ter participado do CONEUFES foi uma experiência formativa incrível. Ao longo do congresso, fui me aproximando do Movimento Correnteza e de fato, o exemplo dos companheiros me arrastou para a luta. Os debates dos Grupos de Trabalho foram importantes para ampliar minha visão em temáticas essenciais, e também conseguimos aprovar mudanças importantes no estatuto do DCE, além de conscientizar os alunos sobre as problemáticas de alterações que infelizmente foram aprovadas, como a realização do Congresso passar a ser obrigatória a cada 2 anos, ao invés de anualmente. Além disso, foi um espaço de socialização onde pude trocar ideias com alunos de diversos cursos que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer.”
Logo após o congresso, Sarah e outros diversos alunos dos campi da UFES se juntaram definitivamente à nossa organização para lutar nas trincheiras a favor de uma educação pública e de qualidade, combatendo as políticas neoliberais que sucateiam as universidades e serviços públicos, vislumbrando e organizando um horizonte socialista para o Brasil.