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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

UP confirma candidaturas em São Paulo e Mauá

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Convenção eleitoral realizada no último domingo (4/8) apresentou o metroviário Ricardo Senese para a disputa da prefeitura de São Paulo pela UP. Em Mauá, a candidata da Unidade Popular será Amanda Bispo. Diversas candidaturas de vereadores também foram confirmadas

Lucas Marcelino e Larissa Mayumi | São Paulo (SP)


Neste domingo (4/8), a Unidade Popular pelo Socialismo (UP) realizou a convenção eleitoral que aprovou suas candidaturas para as eleições municipais de 2024 no estado de São Paulo. Foram apresentados candidatos para as cidades de São Paulo e Mauá.

Cerca de 500 filiados e filiadas do partido se reuniram na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na região central da capital paulista, para debater a organização da tática eleitoral e confirmar aquelas que até então eram pré-candidaturas para as prefeituras e Câmaras de Vereadores das duas cidades. “Para nós, a luta eleitoral serve para impulsionar as lutas sociais e propagar o socialismo! O fascismo avança, mas a esquerda revolucionária também está ganhando força. Vamos para essas eleições ganhar votos e convocar mais pessoas a lutar”, afirma Vivian Mendes, presidenta estadual da Unidade Popular no estado.

Na cidade de São Paulo, Ricardo Senese e Julia Soares disputarão a prefeitura e a vice. Já Carol Vigiar, Ligia Mendes, Gustavo Matos, Lucas Carvente, Marcelo Viola e Dany Oliveira serão candidatos a vereadores na capital.

Em Mauá, no ABC Paulista, a chapa para o Poder Executivo municipal será composta por Amanda Bispo e Seu Pedro. João Abreu, Julia Cacho e Selma Almeida concorrerão a vagas na Câmara Municipal.

Luta eleitoral

Como parte da tradição comunista, a escolha das candidaturas se deu entre representantes da classe trabalhadora. Mais do que disputar as eleições com o objetivo de conquistar uma vaga nos parlamentos, a UP avalia que deve usar este momento para enfrentar e derrotar o fascismo, propagandear o socialismo, crescer suas fileiras e estimular as lutas populares.

Entre as pautas consideradas mais urgentes estão o combate à militarização das escolas e às privatizações de serviços públicos como a Sabesp, o Metrô e a CPTM, lutas em que partido está envolvido desde o ano passado. Fruto dessa luta é o reconhecimento que a UP tem tido entre o povo, como contou Felipe Fly: “Estivemos em uma escola em que um professor disse que ‘tinha certeza que a UP viria aqui, porque a gente sabe que pode contar com vocês nas lutas’”.

Foi com esse espírito que a convenção chamou a militância a participar de uma verdadeira luta eleitoral para superar a injusta legislação eleitoral, que faz com que a UP receba trezentas vezes menos recursos do fundo eleitoral do que a cota entregue a partidos como o PL e o  PT. Para fazer frente à desigualdade das eleições burguesas, a Unidade Popular convocou seus militantes a entregar mais de 5 milhões de panfletos, filiar milhares de trabalhadores, criar dezenas de novos núcleos no estado de São Paulo e propagandear o socialismo,

Seu Pedro, pré-candidato a vice-prefeito na cidade de Mauá, é um exemplo do ânimo na construção dessa luta: “Nós não vamos nos aquietar enquanto não atingirmos nossos objetivos. Eu, com 62 anos de idade, não arredo o pé dessa luta enquanto não construir o socialismo para defender a classe operária e as mulheres vítimas de violência”.

Para a UP, a realização desta grande campanha eleitoral e da continuidade das lutas deve estar aliada a uma grande campanha de financiamento coletivo que garanta a estreita ligação com o povo e a independência do partido em relação aos ricos. A convenção convocou os filiados e filiadas a ampliarem sua contribuição mensal e buscarem apoiadores para a vaquinha das candidaturas entre amigos, familiares e durante as panfletagens.

Mobilizações populares

O agravamento da crise do capitalismo tem levado a burguesia a aprofundar a exploração dos trabalhadores e aplicar táticas fascistas de repressão contra o povo. Por outro lado, as revoltas populares se intensificam em todo o mundo. As candidaturas da UP em São Paulo e no resto do Brasil servirão para denunciar os ataques dos capitalistas e estimular o crescimento dessas mobilizações.

Assim, os candidatos da UP afirmaram seu compromisso com a luta contra o fascismo, o projeto de militarização da educação e as privatizações da SABESP e das escolas. “A tarefa que está posta é a luta contra o fascismo e as privatizações. Essa sociedade não mais nos serve. O povo está se revoltando e se somando à nossa luta”, aponta Dany Oliveira, candidata a vereadora na cidade de São Paulo.

Os movimentos sociais que compõem a Unidade Popular – como o MLB, o MLC, a UJR e o Movimento de Mulheres Olga Benário – têm um longo histórico de protagonismo na luta popular. Seus militantes constroem ocupações de luta por moradia e casas de referência para mulheres em situação de violência e defendem a vida da juventude negra e mais verbas para a Educação, além de organizarem greves por melhores salários e condições de trabalho. Com seu programa de mobilização, a UP avalia que uma dessas lutas pode acender o pavio do grande barril de pólvora revolucionária que são as periferias do país.

A militância saiu da conveção com a tarefa de levar as candidaturas e o programa da UP a cada bairro de São Paulo e Mauá, para resgatar a perspectiva da construção de uma nova sociedade de justiça e igualdade.

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Ricardo Senese, expressou em sua fala que a grande vitória do partido na batalha eleitoral será convencer milhares de eleitores e, mais do que isso, conquistar os corações e mentes dessas pessoas para a construção do socialismo.

“Nossas candidaturas devem olhar para a classe trabalhadora e dizer que nós podemos sim acabar com as privatizações e o fascismo. Nós vamos para essa batalha levantar a esperança do nosso povo, porque a política que está aí não representa ele. Existe um desejo de mudança e a mudança chegou: a Unidade Popular está aqui para apresentar a alternativa. Só o socialismo pode acabar com o desemprego e colocar a tecnologia para diminuir a exploração dos trabalhadores É isso que é o socialismo”, concluiu Senese.

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