Segundo denúncias, os trabalhadores da prefeitura de Caruaru estão sendo coagidos a participar da campanha eleitoral do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), que busca a reeleição a todo custo.
Redação PE
BRASIL – Segundo denúncias apresentadas na noite de ontem (9/9), milhares de servidores comissionados e contratados estariam sendo obrigados a realizar atividades de campanha eleitoral para o atual prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), que busca reeleição a todo custo. As acusações apontam que até 7 mil funcionários podem ter sido coagidos a participar de ações de “porta a porta” em prol do prefeito.
Em abril de 2024, Rodrigo Pinheiro publicou uma portaria no Diário Oficial que reduziu o horário de expediente da prefeitura. A medida, segundo as denúncias, seria pensada para a campanha eleitoral que estava por vir, assim, liberando os servidores durante o horário de trabalho e coagindo sua participação nas atividades eleitorais. Os secretários municipais, ainda segundo os relatos (que incluem um áudio da diretora de uma autarquia do município), estariam pressionando os funcionários a participarem.
Na prática, os servidores em vez de estarem cumprindo seu trabalho na Saúde, na Educação e em outras áreas essenciais, estariam sendo forçados a fazerem campanha para o prefeito. A bem da verdade, Rodrigo Pinheiro está desesperado. Foi vice-prefeito da chapa de Raquel Lyra (PSDB), que segue a prática de seu partido fazendo uma gestão desastrosa, só que agora no Governo do Estado.
A política da burguesia
É importante lembrar da convenção municipal que oficializou a candidatura de Rodrigo Pinheiro à reeleição. No evento, estava ninguém menos que Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB. Em discurso pronunciado na convenção, Perillo coloca que veio “para abraçar esse jovem prefeito trabalhador e competente”.
Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, já foi condenado por crime de caixa dois nas eleições de 2006; denunciado em 2017 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva; em 2018, é denunciado por recebimento de R$17 milhões em propinas da Odebrecht. Dentre outras denúncias e condenações, esse é o tipo de político burguês que apoia o atual prefeito.