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sábado, 23 de novembro de 2024

Chuvas deixam sul gaúcho novamente debaixo d’água 

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Chuvas e tempestades que persistem desde o início da semana já deixam centenas de  pessoas sem casa e trazem transtorno ao cotidiano de outras milhões no sul gaúcho. Deslizamentos, quedas de árvore, destelhamentos, descargas elétricas, enchentes e alagamentos são generalizados pelo estado. 

Guilherme Brasil | Pelotas (RS)


O Rio Grande do Sul passa por mais um evento climático agressivo nessa semana e gaúchos revivem medo da água invadir seus lares. Já são 560 desabrigados e 299 desalojados até a noite de quarta-feira (25), segundo a Defesa Civil. A cidade mais atingida é Camaquã: até quarta-feira acumulou 250mm de chuva, registrou ventos de 100km/h e possui 500 desalojados e 200 desabrigados.

São Lourenço do Sul acumulou 182mm de chuva em um único dia, segundo o Climatempo Meteorologia, e a média para todo o mês de setembro é de 145mm. Em Piratini, houve registros de pedras de granizo de 7cm de diâmetro. Ao total, no mínimo 26 municípios já foram atingidos. Entre as instituições de ensino que tiveram aulas canceladas, estão várias escolas municipais, o IFRS (campi Rio Grande, Porto Alegre e Restinga), FURG (campi Carreiros, Saúde, Santa Vitória do Palmar e São Lourenço do Sul), UFPel e UCPel.

Rio Grande, no sul do estado, foi a primeira cidade a deslocar pessoas em razão das chuvas e soma 18 fora de casa. O Arroio das Cabeças transbordou na terça-feira (24), obrigando famílias a saírem da Vila da Quinta. O serviço de balsa foi suspenso. Os ônibus que atendem a Vila da Quinta, Taim, FURG/IFRS, Cassino e a Ilha da Torotama tiveram seus itinerários afetados.

Em Pelotas a água fica acumulada nas ruas, deixando a população ilhada e invadindo várias casas. Além disso, duas barragens correm risco de rompimento e a prefeitura declarou emergência. Enquanto isso, o candidato fascista à prefeitura Marciano Perondi (PL) tem a cara de pau de dizer que Pelotas não alaga e o governador Eduardo Leite (PSDB) nem está no RS e fala em campanha de turismo, como se as enchentes de maio tivessem ficado no passado.

O que está acontecendo agora nem de longe é a mesma catástrofe de maio, mas repetidas vezes se escancara que as mudanças climáticas são um fato. O Rio Grande do Sul tem um problema muito sério com a urbanização não planejada e com uma arquitetura europeia em um bioma de campos, banhados e diversos cursos d’água.

Esse sistema capitalista não respeita nem a realidade e impõe um só modo de vida. Está na hora de dar basta à anarquia das nossas cidades e à exploração desenfreada dos recursos naturais.

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