Milhares de trabalhadores de Teresópolis (RJ) ficaram sem receber o 13º salário de 2024. O novo prefeito, Leonardo Vasconcellos (União Brasil), segue sem dar uma solução para o problema e ataca o direito dos trabalhadores.
Redação RJ
Os servidores da Prefeitura Municipal de Teresópolis enfrentaram um fim de ano de angústia e revolta. Desde o dia 20 de dezembro de 2024, milhares de trabalhadores ficaram sem receber o 13º salário, um direito garantido por lei. O novo prefeito, Leonardo Vasconcellos (União Brasil), até agora não deu uma solução para o problema e segue atacando o direito dos trabalhadores que sequer puderam garantir uma ceia digna com suas famílias
A indignação é geral. Os servidores, que dedicaram todo o ano a prestar serviços essenciais à população, agora vivem a incerteza não apenas do pagamento do 13º, mas também do salário de dezembro. “Foi um Natal muito triste. Tentamos contato com o prefeito e com o secretário Vinícius Oberg, mas fomos ignorados. Quando finalmente recebemos uma resposta, nos disseram que o pagamento dos comissionados estava sendo feito, mas que o dinheiro para o 13º dos servidores não seria depositado”, relatou um representante da categoria em entrevista para o site O Diário de Teresópolis.
A justificativa apresentada pela administração municipal é que a empresa Águas da Imperatriz não realizou um repasse esperado. No entanto, a própria prefeitura foi a responsável por privatizar o fornecimento de água do município para uma empresa do grupo Águas do Brasil, que é alvo de diversas denúncias. A responsabilidade é do governo, que deveria garantir o pagamento em dia.
A arrecadação líquida das receitas correntes da Prefeitura de Teresópolis em novembro de 2024 foi de R$ 1.969.594,27, portanto é falso afirmar que não tem dinheiro para o salário dos servidores. Os trabalhadores têm realizado manifestações em frente à Prefeitura e ao restaurante Viva Itália, pertencente ao ex-prefeito, que recorreu à justiça burguesa para tentar impedir os protestos no local.
A direção do SEPE cobrou a realização de uma reunião com a novo prefeito, que ficou definida para o dia 22/01, às 14h. Segundo o governo, a partir desta data terá uma previsão mais realista sobre orçamento. Porém o prefeito Leonardo Vasconcellos, que assumiu o governo no primeiro dia do ano, teve tempo suficiente para resolver a questão e certamente seu salário, de seus assessores, secretários e vereadores não faltarão ou ficarão atrasados.
A população também é chamada a apoiar os trabalhadores. O funcionalismo público é essencial para o funcionamento do município, e o desrespeito a seus direitos afeta a todos. A reivindicação não é apenas por um salário; é por dignidade e pelo cumprimento da lei.
Enquanto isso, o ex-prefeito Vinícius Claussen, aliado dos fascistas Cláudio Castro e Bolsonaro, teve uma virada de ano cheio de regalias, fruto dos impostos da população. Nesse sentido é necessário organizar a luta dos trabalhadores contra os governos reacionários que só favorecem os muito ricos em detrimento da imensa maioria do povo.