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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Unidade Popular realiza 1º Encontro LGBTI+ no Rio de Janeiro

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Reafirmando a necessidade de organizar e realizar a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores LGBTI+, UP realiza 1º Encontro LGBTI+ no Rio.

Juliana Helena | Rio de Janeiro


LUTA POPULAR – Neste fim de semana, a Unidade Popular pelo Socialismo (UP) iniciou seu 1º Encontro Nacional LGBTI+, sediado no Rio de Janeiro. O evento reuniu representantes de todas as regiões do país.

O início do encontro foi marcado pela plenária de abertura que teve como participação Leo Pericles, Presidente Nacional da Unidade Popular, Bia Martins, membro da Executiva Nacional da UP, e uma aula de história das lutas da comunidade LGBTI+ durante a Ditadura Militar Fascista no Brasil (1964-1985), apresentada por Bento, membro do Diretório Estadual da UP São Paulo.

Já na parte da tarde, reunidos em grupos de trabalho, os delegados fizeram estudos das teses do último Congresso do partido e matérias do Jornal A Verdade publicadas nos últimos anos em torno de temas como saúde, educação e trabalho.

A comunidade LGBTI+ historicamente é alvo de repressões, perseguições e políticas de extermínio pelo sistema capitalista, que usa pautas morais para atacar as pessoas LGBTI+ por desafiarem as estruturas patriarcais e heterocisnormativas da sociedade.

A consequência disto é a realidade é dura para quem é LGBTI+, enfrentando desde criança as negações da sua existência, agressões, rejeição pela família, evasão escolar, dificuldade de permanecer nas universidades – quando entram – e, pelo preconceito, não encontram espaço no mercado de trabalho, ficando com os empregos mais precarizados e mais mal pagos.

Tudo isso não é por acaso, o sistema capitalista se utiliza das opressões para criar condições mais duras para parcelas do povo trabalhador, a fim de explorar mais a mão de obra, dividir a classe trabalhadora e manter sua hegemonia de poder. A LGBTfobia serve para manter os baixos salários, os subempregos e uma grande massa de pessoas desempregadas, principalmente trans, que muitas vezes são jogadas na prostituição.

Defesa da luta anti-imperialista e contra o genocídio do povo palestino

O Encontro também foi marcado por um intenso debate sobre a exploração imperialista dos povos do mundo e de como o capitalismo tenta cooptar o movimento LGBTI+ para defender suas pautas.

Hoje, as principais vítimas dessa política oportunista são os palestinos, que além do genocídio, sofrem uma intensa campanha midiática de desinformação patrocinada por organizações sionistas no Brasil e no mundo, onde coloca o povo palestino como lgbtfóbico. Durante o Encontro foi reafirmado a necessidade de se defender a luta pela libertação da Palestino e uma luta contra a propaganda burguesa que busca justificar o genocídio cometido pelo regime nazi-sionista de Israel

A cooptação da pauta LGBTI+ pelo liberalismo burguês, faz com que se acredite que a luta da comunidade é apenas pelo direito de amar, desde que se assimilando às formas heterocisnormativas de se relacionar- e uma vez solucionadas essas questões no sistema legal burguês, os problemas da comunidade estarão resolvidos.

Organizar os trabalhadores LGBTI+

É impossível debater a luta LGBTI+ sem falar das pautas da classe trabalhadora, da luta de classes. Ao contrário do que a mídia burguesa quer nos convencer, a comunidade LGBTI+ tem um histórico de luta popular organizada que pauta debates e arrasta multidões para as ruas na luta unificada contra a repressão, exploração e pelo poder popular. Precisamos conhecer nossa história e tomar como exemplo o legado que luta que temos na nossa comunidade e dar continuidade consequente à essas lutas.

Os LGBTI+ nunca terão direito pleno de amar enquanto estiverem passando fome, sem acesso à políticas de saúde pública especializadas, presos em empregos precarizados que não chegam nem ao piso salarial legalizado, invisibilizados na sociedade e sendo massivamente jogados na informalidade, quando não à prostituição, como é o cenário atual de pelo menos 60% das mulheres trans e travestis do nosso país.

É preciso pautar o debate por políticas públicas que criem condições materiais de emancipação da comunidade LGBTI+, da criação de espaços populares de acolhimento, organização e conscientização das pautas e lutas dos trabalhadores LGBTI+.

Por isso, a Unidade Popular pelo Socialismo reconhece a importância de organizar essa comunidade na frente ofensiva de luta pelos seus direitos e na construção de uma sociedade mais justa através do poder popular: a sociedade socialista.

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