Novamente os poloneses se mostraram contrários a entrada do seu país na zona do Euro. Pesquisa realizada em fevereiro passado mostrou que 64% da população é contrária às medidas liberais de tal entrada e que não a enxergam como solução, mas como um problema. Outros países da zona já mostraram o que se pode esperar da moeda.
Europa dos desempregados
Acompanhado à pesquisa, para os países que implantaram o Euro, o desemprego bateu índices recordes para o mesmo mês. Cerca de 12% dos trabalhadores, mais de 19 milhões de pessoas, estão sem emprego. Somente no mês de fevereiro, 33 mil pessoas ficaram desempregadas, fruto da resposta econômica de austeridade para enfrentar a crise causada, em grande parte, pelo próprio Euro.
A Espanha atualmente amarga 26,3% dos espanhóis desempregados, ainda que seu governo defenda a moeda. Analistas econômicos liberais do Merrion Economics responderam em defesa do modelo no mês de março, animados (pasmem) com a dívida da Espanha. Declararam ser a Espanha uma ganhadora: “Esta tendência é o sinal de uma nova era de estabilidade nos mercados de capitais da Zona do Euro e é um sinal de que o compromisso do Banco Central Europeu para com a moeda única conteve a ameaça de contágio. E de que os investidores procuram rentabilidade”.
Rentabilidade todos sabem que os investidores procuram, mas o retorno social para a população é visivelmente negativo. O Euro se assemelha cada vez mais a uma “bomba” sócio-econômica.
Eduardo Augusto
Fonte: Agência Estado e Jornal de Negócios