A menina de 10 anos que era violentada sexualmente pelo tio desde os 6 anos de idade, no Espírito Santo, teve seu aborto legal autorizado pela Justiça. O Código Penal brasileiro, há mais de 80 anos, prevê o direito de se interromper uma gravidez em caso de estupro. Desconsiderando a delicadeza do caso e a vida desta criança, fanáticos conservadores fascistas que se dizem cristãos estiveram do lado de fora do hospital onde seria realizado o procedimento, fazendo um cordão humano, chamando o médico de “assassino” e tentando pressionar a avó da menina na tentativa de impedir o aborto.
Negar o direito ao aborto é uma forma de opressão, controle e perseguição às mulheres, cujo direito ao próprio corpo ou à decisão de ter filhos é posto à mercê do Estado para a manutenção do sistema capitalista.
Atualmente, complicações decorrentes do aborto ilegal são a terceira principal causa de morte entre as mulheres nesse Estado.
Claudiane Lopes∗
Foto: José Luís Plata/Reuters
MÉXICO – Oaxaca...