Pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a maioria dos entregadores trabalha de 9 a 12 horas por dia e recebem menos de um salário mínimo. É comum entregadores adoecerem por conta da exposição ao calor excessivo. Ou seja, esses trabalhadores estão literalmente morrendo de tanto trabalhar para enriquecer os milionários donos dos aplicativos.
Entregadores de aplicativo e motoboys realizam manifestação percorrendo a cidade de Mogi das Cruzes (SP) após uma série de roubos de motos e insatisfação com a segurança no trabalho.
Com esse cenário de precarização e privatização não há outra saída senão ocupar as ruas. As péssimas condições de trabalho dos entregadores e de todos os trabalhadores é uma expressão da degradação do capitalismo que se torna ainda mais violento: o fascismo. O fascismo é uma ferramenta da burguesia para garantir seus lucros através da intensa exploração do trabalho. Devemos trabalhar para que cada greve – como a grande greve nacional dos entregadores do dia 1º de julho deste ano – exija não só a melhoria das condições de trabalho, mas também a derrubada do governo Bolsonaro e dos militares que representam o capitalismo na sua forma mais cruel.
Com recorde de mortes evitáveis pelo Covid-19, aumento exponencial da taxa de desemprego e das famílias abaixo da linha da pobreza, as manifestações antifascistas e por melhores condições de trabalho mostram que, apesar dos pesares, os milhões de explorados do país não estão satisfeitos com a sua miséria, e que sabem qual o caminho a se seguir.
Redação Nacional
Jornal A Verdade
BRASIL – Depois de dias de mobilização, tomou lugar nas ruas das principais cidades as manifestações de entregadores de aplicativo. Milhares...