A AIT - Associação Independente de Trabalhadoras e Trabalhadores Terceirizados – iniciou a partir desta segunda-feira (15), a campanha intitulada “Home Office em Defesa da Vida”, reivindicando segurança para todos os trabalhadores do serviço de Telemarketing.
Mesmo com relatos gravados, diversas denúncias, a liminar foi mantida com promessas de garantia de segurança à vida dos trabalhadores, como distanciamento social e higienização das máquinas e locais de trabalho. Todas as promessas da liminar não passaram de mentiras segundo relatos e registros dos próprios funcionários da empresa.
No último mês de agosto, foi aprovado o Acordo Coletivo de Trabalho dos atendentes de telemarketing da empresa Atento do Estado de São Paulo. Apontado como uma vitória pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel), o acordo é extremamente rebaixado e mantém a categoria entre uma das com maiores níveis de exploração.
Os trabalhadores da empresa de telemarketing Atento iniciaram uma paralisação no dia 19 de março contra as más condições sanitárias da empresa em meio a pandemia.
Fruto dessa luta organizada pela Unidade Popular (UP) e pelo Movimento Luta de Classes (MLC), os trabalhadores conquistaram melhorias nas condições do ambiente de trabalho, transferência de vários trabalhadores para o trabalho remoto e a garantia de quarentena para quem fazia parte do grupo de risco.
Após 5 meses da mobilização, os trabalhadores que estavam em trabalho remoto estão voltando ao trabalho presencia. O Jornal A Verdade entrevistou Pedro (nome fictício) sobre a situação dos operadores e operadoras da Atento nesta tentativa de retorno.
O que foi relatado pelos trabalhadores foi justamente o que já se imaginava, confinamento de centenas de pessoas em salas fechadas, refeitório compartilhado por todos e equipamentos sem a esterilização adequada.