Nomeada no último dia 10 de maio pela presidenta Dilma, a tão esperada Comissão da Verdade iniciará seus trabalhos no próximo dia 16 e terá por atribuição a apuração e o esclarecimento das violações dos direitos humanos praticados entre os anos de 1946 e 1988, em especial as torturas e assassinatos praticados pelo regime militar de 1964.
Porém, para muitos familiares dos mortos e desaparecidos da ditadura, a comissão ainda é muito frágil, pois além de contar com poucos membros, atuará por apenas dois anos, pouco tempo para cumprir uma tarefa de tamanha envergadura.
Esta é a avaliação da representante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Maria Amélia Teles: “o problema da comissão é o da lei, que abrange um período enorme e com dois anos de funcionamento para apurar todos esses crimes. Não é compatível o período que será apurado com a quantidade de integrantes”.
Fazem parte da comissão Cláudio Lemos Fonteles, ex-procurador-geral da República, Gilson Langaro Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, além do jurista José Paulo Cavalcante Filho, da psicanalista Maria Rita Kehl, do professor Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro (membro de missões internacionais da Organização das Nações Unidas – ONU) e da advogada Rosa Maria Cardoso Cunha, que defendeu Dilma durante a ditadura militar.
Para o Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, “é hora do Brasil lidar como os demônios de seu passado, seguindo a linha de muitos outros países da região que já iniciaram o processo de responsabilização daqueles que violaram direitos humanos. Aqueles que foram vítimas de tortura ou perderam seus entes queridos nas mãos de agentes de segurança pública vêm esperando muito tempo para que a verdade sobre esses crimes seja revelada. A revelação da verdade e a realização da justiça servem tanto para garantir os direitos das vítimas e seus familiares, como para garantir que esses crimes não se repitam”.
O início dos trabalhos da Comissão da Verdade é uma importante vitória, fruto de anos de luta dos familiares dos mortos e desaparecidos, dos ex-presos políticos e de todos que lutam para que sejam punidos os torturadores e assassinos da ditadura militar brasileira.
Porém, vale alertar que esta luta está apenas começando e não podemos subestimar a resistência das elites e dos setores militares mais reacionários que de tudo farão para esconder a verdade e pressionar o governo para que o trabalho da comissão não vá até as últimas consequências.
Por fim, para que a Comissão da Verdade possa apurar todos os crimes da ditadura é necessário que nossa luta ganhe cada vez mais força, ocupando as ruas e mobilizando toda a sociedade em defesa da Verdade e da Justiça.
Da Redação
”O início dos trabalhos da Comissão da Verdade é uma importante vitória, fruto de anos de luta dos familiares dos mortos e desaparecidos, dos ex-presos políticos e de todos que lutam para que sejam punidos os torturadores e assassinos da ditadura militar brasileira.”
Mas esperem aí…. vitória? Vocês estão falando que essa comissão é uma vitória? Isso não é somente uma falácia não, é inclusive uma falta de respeito com a memória das companheiras e dos companheiros torturados e assassinados pelos militares, falar que essa comissão fajuta é uma vitória! Ela é o contrário, um atraso, pois está institucionalizando mais ainda um debate que deveria ser radical e mais popular possível em todas suas representações! Essa institucionalização está é jogando as décadas de luta popular no chão, fechando os debates que realmente farão alguma coisa – ou têm condição para fazer alguma coisa – somente às estúpidas reuniões desses mentirosos! A Dilma é uma safada, isso sim, assim como aqueles que defendem essa comissão da INverdade, da INjustiça.
O que os revolucionários querem é a VERDADE, JUSTIÇA E MEMÓRIA, e IMEDIATAMENTE, não a inverdade, injustiça e esquecimento, como não querem o ATRASO DE CONQUISTÁ-LAS!
Não acredito muito nesta comissaão, principalmente quando se tem um membro que foi ex-ministro do governo de FHC
Leu só o que queria, ou quis entender só o que satisfizesse seus anseios, amigo anarquista?
“Porém, vale alertar que esta luta está apenas começando e não podemos subestimar a resistência das elites e dos setores militares mais reacionários que de tudo farão para esconder a verdade e pressionar o governo para que o trabalho da comissão não vá até as últimas consequências.
Por fim, para que a Comissão da Verdade possa apurar todos os crimes da ditadura é necessário que nossa luta ganhe cada vez mais força, ocupando as ruas e mobilizando toda a sociedade em defesa da Verdade e da Justiça.”
Jogar fora a história de luta de nossas camaradas é não reconhecer que esta comissão é uma resposta à esta mesma luta, do povo pela verdade, e pela punição dos torturadores. Este ainda é um Estado de torturadores, da classe destes, a Burguesia (mas isso até mesmo Malatesta soube falar) e o POVO continua sendo o único capaz de através da sua Luta aprofundar as vitórias. Isto tudo com certeza não será negando as vitórias, nem muito menos “gritando” pela internet.
Nessa, e em tantas outras lutas, somos companheiros!
O maior erro dos militares foi mandar pra o exílio ao invés de ter matado todos esses parasitas safados que hoje estão querendo indenização com dinheiro público que pagamos de impostos, além de quererem aparecer na mídia ou terem cargos políticos pra roubarem, como fizeram Zé Dirceu, Genoino e outros mensaleiros. Ainda bem que a anistia é uma cláusula pétrea, que impede esses safados consumarem sua vingança covarde, contra militares que hoje são apenas inofensivos idosos acima de setenta anos de idade. Esses crápulas travestidos de Vítimas entre aspas, não respeitam nem o estatuto dos idosos.