UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 27 de abril de 2024

Petroleiros da Transpetro se unem contra privatização

TranspetroO esquartejamento da Petrobras continua. No último dia 18 de agosto, o Conselho de Administração da companhia autorizou a venda de, pelo menos, 25% do capital da BR Distribuidora, maior rede de postos de combustível do País, avaliada em US$ 10 bilhões.

Além disso, a Transportadora Associada de Gás (TAG), empresa que opera os gasodutos da estatal, também está na fila da privatização. A proposta é dividir a malha de dutos por região (Norte/Nordeste e Sul/Sudeste), o que possibilitará a venda de até 80% dos ativos. Dessa forma, a rede de gasodutos, que hoje é 100% estatal, passará para as mãos do setor privado.

Ao todo, está prevista a venda de US$ 15,7 bilhões em ativos da Petrobras até o ano que vem, e outros US$ 42 bilhões, entre 2017 e 2018, além de cortes de US$ 76 bilhões em investimentos e despesas.

“É apenas o começo do desmonte do Sistema Petrobras”, denuncia José Maria Rangel, coordenador nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Se levadas adiante, essas medidas significarão imensos prejuízos para a nação brasileira, com perda de soberania e impactos diretos na economia nacional”, afirma.

De fato, com a venda da TAG, o País perderá completamente o controle estratégico da distribuição do gás natural, o que levará à perda da soberania energética e ao aumento nos preços do produto.

Os trabalhadores da Transpetro, responsáveis por toda a logística de produção da Petrobras, também serão prejudicados, uma vez que o novo proprietário da TAG poderá não contratar a Transpetro para fazer a manutenção e operação dos dutos e faixas. Assim, mais de três mil empregos diretos e cinco mil indiretos serão cortados.

Diante dessa ameaça, a FUP e seus sindicatos filiados convocaram uma greve de 48 horas dos trabalhadores da Transpetro a partir do dia 4 de setembro. A greve será nacional e envolverá todas as instalações terrestres e aquáticas da Transpetro no País.

“A categoria não permitirá que a Petrobras seja gerida pelo mercado, como querem os banqueiros e o setor financeiro”, defende Simão Zanardi, presidente do Sindipetro Caxias (RJ).

A cada nova medida visando à privatização da Petrobras, cresce na categoria o sentimento de que é preciso defender a empresa contra o desmantelamento imposto pelos setores entreguistas que sonham em ver terminada a obra iniciada no governo FHC (1995-2002).

Defender a Petrobras contra a privatização é defender a soberania nacional e que as riquezas do País sejam utilizadas para melhorar a vida do povo brasileiro.

Heron Barroso, Rio de Janeiro

 

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes