UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sanções contra a Coreia Popular são intensificadas pela ONU

RPDC 01

Os ataques injustos ao povo norte-coreano são cada vez mais frequentes. Isso acontece porque a Coreia do Norte representa uma alternativa de sociedade autossuficiente, que emancipa o povo e contraria os interesses do imperialismo, o qual se enriquece com a subordinação de países de terceiro mundo. Os Estados Unidos, representantes máximos desse imperialismo, são os que mais se movem para ameaçar a soberania nacional norte-coreana. A recente estratégia usada pelo país foi promover na ONU a Resolução 2.270, com medidas que intensificam as sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RDPC), em resposta ao avanço de seu programa nuclear. A iniciativa recebeu apoio total dos membros do órgão de 15 membros, presidido em março por Angola.

Precisamos, antes de entender o motivo dessas sanções, ter noção da importância que a Revolução Coreana teve para esse povo. A guerrilha antijaponesa e os movimentos revolucionários da Coreia proclamaram a República Popular em 6 de setembro de 1945 em Seul, atual capital da Coreia do Sul. Dois dias depois, os americanos desembarcaram e ocuparam o sul da Coreia, com a intenção de dissolver os Comitês Populares, assassinar os revolucionários, efetuar prisões e trazer dos EUA Syngman Rhee (que se tornaria o presidente da Coreia do Sul) para formar um governo submisso aos interesses norte-americanos. Muitos protestos defendendo a unificação das Coreias ocorreram no Sul e foram duramente reprimidos pela polícia. Até hoje, a população do sul sofre com as duras repressões políticas contra os movimentos populares. Enquanto o povo sul-coreano é espancado, humilhado em trabalhos abusivos e posto na miséria pelo desemprego, o povo norte-coreano possui direitos trabalhistas superiores, saúde e educação pública, direito à moradia e lazer provenientes da soberania nacional e do socialismo.

As constantes ameaças imperialistas obrigam a Coreia do Norte a adotar políticas que aumentam seu poder militar, não para atacar outros países, e sim para defender seu povo de ataques cruéis. Diferente do que aconteceu com todos os outros países invadidos pelo imperialismo americano, a Coreia Popular foi a primeira e única nação que derrotou as mãos sujas e violentas do capital estrangeiro, graças ao investimento bélico, totalmente necessário para defender países autossuficientes da submissão ao grande capital. Mas a guerra da RDPC contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos ainda não acabou, porque os confrontos dos anos 1950 se concluíram por um armistício, e não por um acordo de paz duradoura, o que justifica a política de defesa norte-coreana.

O investimento pesado na defesa nacional, juntamente com o amor revolucionário e patriótico dos coreanos pelo país faz com que o governo americano tenha seus interesses antipopulares cada vez mais ameaçados, e é justamente nisso que a Resolução 2.270 toca. Com o intuito de neutralizar a defesa do país, a resolução proíbe a transferência de tecnologia, materiais, treinamento, assistência e o assessoramento ligados ao setor nuclear e aos mísseis balísticos ao país asiático. Além disso, pela primeira vez, inclui sanções a diferentes setores econômicos, que limitarão e, em alguns casos, proibirão a Coreia do Norte de exportar matérias-primas como carvão, ferro, ouro, titânio e terras raras, pretendendo, assim, desestabilizar o governo popular.

Deve-se levar em consideração o tamanho da hipocrisia norte-americana. Enquanto os Estados Unidos, país que promoveu a resolução, possui mais de 3.000 ogivas nucleares ativas, a Coreia Popular possui menos que dez! Tamanho absurdo se dá porque, para os donos do poder, é inaceitável que um povo seja autossuficiente e tenha qualquer chance de se defender de seus ataques covardes. Enquanto os Estados Unidos realizam invasões militares em outros países, a Coreia do Norte nunca derramou uma gota sequer de sangue em países estrangeiros. A neutralização da luta revolucionária é o único objetivo da Resolução 2.270, e as forças populares de todo o mundo devem ter como obrigação a defesa da República Popular Democrática da Coreia.

José Victor Rio Tinto, Rio de Janeiro

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes