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sábado, 21 de dezembro de 2024

Por que atuar nos sindicatos?

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A obrigação revolucionária de atuar em todos os locais e condições nas quais se desenvolva a classe operária, nos sindicatos que são e se reclamam classistas, assim como nos sindicatos pelegos, de disputar por todos os meios a influência das massas operárias e a condução de suas lutas, foi e é assumida pelos partidos marxista- leninistas e se desenvolve por diferentes vias e alternativas.

Existem, contudo, algumas experiências em que as forças revolucionárias e os partidos marxista-leninistas conquistaram a maioria ou a hegemonia na direção de um sindicato, de um setor específico de trabalhadores, organizaram e conduziram valiosas lutas específicas e alcançaram uma presença e um prestígio significativos, conquistando a referência no conjunto do movimento sindical, operário e popular, o que facilita e favorece a disputa do conjunto do movimento, permite irradiar opinião e influencia contingentes cada vez mais amplos das massas trabalhadoras. Esses espaços devem ser preservados, defendidos e ampliados; devem ser considerados parte do processo de ganhar a classe operária para a revolução e o socialismo.

Para os marxistas-leninistas, além da obrigatória tarefa de agitação e propaganda para o conjunto da classe operária, é de grande utilidade contar com instrumentos próprios no interior do movimento sindical que facilitem e multipliquem a promoção e a prática dos princípios, orientações e postulados classistas e revolucionários.

Trata-se de contar com um segmento do movimento organizado dos trabalhadores que procure e se eduque com a orientação dos marxistas-leninistas, não para separá-lo do conjunto, mas sim para que, atuando com a direção revolucionária, possa incidir no resto da classe operária, elaborando as bandeiras mais consequentes, classistas e revolucionárias.

Dependendo das condições, este segmento pode adquirir diferentes formas e características organizativas: corrente, frente, sindicato ou central sindical; podendo, inclusive, ser expressão de uma unidade com outras forças classistas e revolucionárias no interior do movimento sindical. Será sempre uma responsabilidade e uma tarefa forjar a mais ampla unidade da classe operária.

Nos últimos tempos, em vários países, existem forças políticas e sindicais que lutam contra a burocracia sindical, contra o oportunismo e a traição, que podem e devem confluir numa proposta unitária que atue nas bases sindicais e aponte para a luta operária, para a educação política dos trabalhadores, para a unidade sindical.

Em nenhum dos casos pode entender-se como uma visão ou concepção exclusivista, sectária e isolacionista, que pretenda separar do conjunto do movimento um segmento que se aparta e se afasta da classe e atua pura e exclusivamente por sua conta, sem contaminar-se de oportunistas e reformistas. Não, uma política desse tipo desdiz a própria pretensão de reivindicar-se como o segmento mais consciente e avançado do movimento sindical. Trata-se, por outro lado, de conquistar, organizar e dirigir uma força com capacidade de ação própria, porém, ao mesmo tempo, encarando responsabilidades e tarefas para o conjunto da classe operária e as demais forças sociais que enfrentam o capitalismo.

Não se pode alcançar uma consciência revolucionária à margem dos problemas específicos que afetam e preocupam os trabalhadores. Liderar a luta pelas justas reivindicações das massas operárias é uma tarefa inevitável dos sindicalistas classistas e revolucionários. Apoiar-se nessa experiência e elevar sua consciência, politizá-las e envolvê-las no debate a respeito da necessidade da revolução, de seu papel na mesma, da possibilidade certa de avançar esse propósito, é obrigatório para os comunistas.

Movimento Luta de Classes – MLC

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