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sábado, 14 de dezembro de 2024

Manifestação paralisa escolas de Belo Horizonte

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bandeiraA situação da educação em Minas Gerais é cada vez pior, contrariando a campanha milionária do senador Aécio Neves, do governador Antônio Anastasia e do prefeito da capital, Márcio Lacerda. Os servidores da rede municipal de Belo Horizonte estavam em greve por melhores salários e condições de trabalho, contra uma prefeitura que não dialoga, e os da rede estadual têm indicativo de greve para o início de junho, pois o governo do Estado se nega a negociar e a pagar o Piso Salarial Nacional da categoria, que já é lei em vigor na maioria dos Estados do País. Como se não bastasse, a Prefeitura de Belo Horizonte não garante o meio-passe para todos os estudantes, direito conquistado após 25 anos de luta.

Para dar resposta a essa situação, no dia 22 de maio, mais de mil estudantes organizados pela Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames-BH), saíram às ruas para defender uma educação pública, gratuita e de qualidade, e o meio-passe para todos os estudantes. A manifestação parou o Centro da cidade e os estudantes caminharam até o Minascentro, onde estavam o governador Anastasia e a secretária estadual de Educação, Ana Lúcia Gazzolla, no lançamento do Programa Reinventando o Ensino Médio. Vários diretores de escola saíram à porta do evento para se solidarizar com a luta dos estudantes, apoiando suas reivindicações.

O protesto também passou pela prefeitura, onde os estudantes exigiram o fim da burocracia e a aplicação integral da Lei do Meio-Passe Estudantil. O resultado veio logo no dia seguinte, quando a prefeitura reuniu o Conselho de Auxílio ao Transporte Escolar (Comate), que conta com a participação dos estudantes, e anunciou a volta das inscrições para o benefício, suspensas desde o início do ano. Além disso, a Ames exigiu que os estudantes já beneficiados não fossem cortados.

Ao fim da manifestação, Lincoln Emmanuel, presidente da Ames-BH, afirmou que “ainda há muito o que conquistar e que a luta vai continuar até a garantia do cumprimento completo da lei que beneficia os estudantes de Belo Horizonte”.

Redação BH

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