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domingo, 24 de novembro de 2024

Polícia desocupa Parque do Cocó, em Fortaleza

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Polícia desocupa Parque do Cocó em Fortaleza 5O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará (BPCHOQUE) realizou ontem (4) mais uma desocupação. Desde o dia 12 de julho, diversos setores dos movimentos sociais, ambientalistas, estudantes e professores permaneciam acampados no Parque do Cocó, área verde de Fortaleza, como resposta à tentativa da Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado de derrubar árvores para construir um viaduto no local.

O Parque do Cocó é um dos poucos espaços verdes de Fortaleza. Considerado Área de Preservação Ambiental (APA), sofre com a constante especulação imobiliária e o crescente número de construções ilegais, como é o caso do Shopping Iguatemi, de propriedade do ex-senador Tasso Jeressaiti, erguido sob um dos mangues que cortam o Rio Cocó.

A Polícia Militar mostrou mais uma vez seu caráter fascista, e um efetivo de 300 policiais, com apoio de carros, motos, caminhões, e até helicóptero invadiu o parque expulsando violentamente os manifestantes, que resistiram atirando pedras contra o cordão de isolamento do Choque. Ao final, 15 pessoas foram presas e conduzidas à delegacia, e muitas ficaram feridas.

Maioria da população é contra a construção dos viadutos

Essa não foi a primeira desocupação do local. Na madrugada do dia 8 de agosto, cerca de 100 homens do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Guarda Municipal de Fortaleza, mesmo sem nenhuma autorização judicial, entraram no parque e com bombas de efeito moral, choques elétricos e cassetetes expulsaram os manifestantes que lá estavam.

No entanto, a Justiça Federal embargou a obra e os manifestantes voltaram mais uma vez para o parque. Diversas atividades aconteceram no local, incluindo a apresentação de projetos alternativos para a melhoria do trânsito local, sem a necessidade da derrubada de árvores do parque. Professores da UFC (Universidade Federal do Ceará) apontaram inúmeras soluções mais econômicas e sustentáveis. O valor da obra, segundo a prefeitura, é de 17,5 milhões de reais.

Fica claro que para garantir o alcance dos seus objetivos (no caso do Cocó, retribuir às construtoras o aporte recebido na campanha eleitoral), os governos capitalistas, com o apoio da justiça burguesa, desrespeitam leis, de qualquer natureza, e destroem o meio ambiente, utilizando toda a força repressiva do seu aparato policial.

Redação Ceará

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