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domingo, 5 de maio de 2024

Polícia desocupa Parque do Cocó, em Fortaleza

Polícia desocupa Parque do Cocó em Fortaleza 5O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará (BPCHOQUE) realizou ontem (4) mais uma desocupação. Desde o dia 12 de julho, diversos setores dos movimentos sociais, ambientalistas, estudantes e professores permaneciam acampados no Parque do Cocó, área verde de Fortaleza, como resposta à tentativa da Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado de derrubar árvores para construir um viaduto no local.

O Parque do Cocó é um dos poucos espaços verdes de Fortaleza. Considerado Área de Preservação Ambiental (APA), sofre com a constante especulação imobiliária e o crescente número de construções ilegais, como é o caso do Shopping Iguatemi, de propriedade do ex-senador Tasso Jeressaiti, erguido sob um dos mangues que cortam o Rio Cocó.

A Polícia Militar mostrou mais uma vez seu caráter fascista, e um efetivo de 300 policiais, com apoio de carros, motos, caminhões, e até helicóptero invadiu o parque expulsando violentamente os manifestantes, que resistiram atirando pedras contra o cordão de isolamento do Choque. Ao final, 15 pessoas foram presas e conduzidas à delegacia, e muitas ficaram feridas.

Maioria da população é contra a construção dos viadutos

Essa não foi a primeira desocupação do local. Na madrugada do dia 8 de agosto, cerca de 100 homens do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Guarda Municipal de Fortaleza, mesmo sem nenhuma autorização judicial, entraram no parque e com bombas de efeito moral, choques elétricos e cassetetes expulsaram os manifestantes que lá estavam.

No entanto, a Justiça Federal embargou a obra e os manifestantes voltaram mais uma vez para o parque. Diversas atividades aconteceram no local, incluindo a apresentação de projetos alternativos para a melhoria do trânsito local, sem a necessidade da derrubada de árvores do parque. Professores da UFC (Universidade Federal do Ceará) apontaram inúmeras soluções mais econômicas e sustentáveis. O valor da obra, segundo a prefeitura, é de 17,5 milhões de reais.

Fica claro que para garantir o alcance dos seus objetivos (no caso do Cocó, retribuir às construtoras o aporte recebido na campanha eleitoral), os governos capitalistas, com o apoio da justiça burguesa, desrespeitam leis, de qualquer natureza, e destroem o meio ambiente, utilizando toda a força repressiva do seu aparato policial.

Redação Ceará

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