O ano de 2013 tem sido marcado pelo crescimento dos índices de violência cometida contra as mulheres em todos os principais estados do País, sobretudo contra as mulheres negras e pobres. É possível perceber que as notícias sobre o tema abriram novas frentes de discussão e, neste mês de novembro, quando se relembra, no dia 25, a luta internacional pelo enfrentamentoà violência contra a mulher, muito há o que fazer. São muitos os casos de assassinatos violentos, agressões, estupros, polêmicas na mídia sobre a disseminação do ideário machista e diversos embates em que entram concepções religiosas que se impõem sobre a vida das mulheres.
Não houve avanços na política prometida pelo Governo Federal para construção de creches, importante instrumento para garantir condições de independência econômica das mulheres impedidas de trabalhar por não terem com quem deixar os filhos. Não houve aumento significativo do número de delegacias especializadas no combate à violência contra as mulheres nem de casas-abrigos.
Prova disso é que segundo o Ministério da Justiça, até agosto de 2012,havia 475 Delegacias ou Postos Especializados de Atendimento à Mulher em funcionamento no país para um total de 5,5 mil municípios existentes no Brasil.
Afinal, até onde vai a violência contra as mulheres? Até onde elas serão consideradas objetos culpados por sua própria situação de opressão? Que fazer para combater a cultura machista, violenta e sexista?
Não se calar! Unir-se, organizar-se e lutar contra a violência e sua causa, um sistema que coloca o lucro acima de tudo e quer transformar a mulher em objeto sexual e mercadoria. O dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
Organize-se e participe na sua cidade!
Movimento de Mulheres Olga Benário