Dezenas de militantes ligados ao Levante Popular da Juventude, ao Partido Comunista Revolucionário e às Brigadas Populares realizaram na manhã da última terça-feira (25) um protesto em frente à casa do general Nilton Cerqueira, em Copacabana, Zona Sul do Rio.
O “escracho”, como é conhecido esse tipo de ação, aconteceu para denunciar os crimes cometidos pelo militar durante a ditadura (1964-1985). Cerqueira foi comandante do DOI-CODI baiano, chefe da 2ª Seção do Estado-Maior da 6ª Região Militar e responsável pela operação “Pajussara”, que resultou na morte do revolucionário Carlos Lamarca, comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), em 1971.
Além disso, o Ministério Público Federal, após dois anos de investigação, denunciou seis pessoas, entre eles Nilton Cerqueira, que há época era comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, pelo envolvimento na explosão de uma bomba no estacionamento do Riocentro, na Zona Oeste do Rio, na noite de 30 de abril de 1981, durante show em comemoração ao Dia dos Trabalhadores.
Outras atividades similares estão sendo programadas para repudiar os 50 anos do golpe militar e exigir a punição de todos os agentes do Estado responsáveis pelo sequestro, tortura e assassinato de militantes durante a ditadura. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça!
Redação Rio de Janeiro