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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Stiupb organiza nova greve por melhores condições de trabalho na Paraíba

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greve cagepa 2014Mais de dois mil trabalhadores da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) estão em greve desde segunda-­feira (16/06). A paralisação toma todo o Estado, com ampla adesão da categoria, sob a direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb) e do Movimento Luta de Classes (MLC). A única exceção é a capital João Pessoa, onde a categoria é representada legalmente por outro sindicato, o Stipdase, que, aliado da direção da empresa, aceitou a proposta rebaixada de reajuste.

Apesar do período de festejos juninos (que em Campina Grande, centro do movimento, começou já no dia 6 de junho) e dos jogos da Copa do Mundo, o clima da categoria é de revolta e indignação diante da política de arrocho salarial e de sucateamento imposta pela Direção da Cagepa e pelo governo de Ricardo Coutinho (PSB).

Com a greve, exceto a distribuição de água, todos os demais setores da empresa estão parados: leitura, corte, instalação, atendimento comercial, inspeção, manutenção, etc.

Pauta de reivindicações

A decisão de realizar o movimento paredista ocorreu após a diretoria da Cagepa propor um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/­2016 que fica muito aquém das necessidades da categoria, que, nos últimos anos, só vem tendo perdas salariais em relação ao salário mínimo.

“Há dez anos, por exemplo, os trabalhadores da faixa salarial 1 (FS1), que é a mais baixa, ganhavam o correspondente a quase dois salários mínimos. Atualmente eles só ganham o equivalente a um salário mínimo. Então não podemos mais deixar que situações iguais a essa se repitam. Com a intransigência da empresa em não oferecer um reajuste digno, a alternativa que encontramos para lutar por nossos direitos foi entrar em greve”, enfatizou o presidente do Sindicato, Wilton Maia.

IMG-20140617-WA0002Na quarta mesa redonda, que ocorreu na semana passada, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Campina Grande, a Direção da Cagepa ofereceu reajuste salarial de 6,54% e ticket alimentação de R$ 630,00. Em contrapartida, propôs que o trabalhador arque com 6,54% do reajuste de 8,5% do plano de saúde, e não mais com 5%.

“Esses valores estão muito abaixo do que reivindicamos. A empresa dá com uma mão e tira com a outra, aumenta o reajuste salarial para 6,54%, mas também aumenta o repasse do plano de saúde para os trabalhadores”, afirmou Wilton Maia.

A greve continua forte por todo o Estado, mobilizando trabalhadores em todas as regionais da Cagepa, enfrentando a política de intransigência da empresa e a conciliação e o peleguismo do outro sindicato da categoria.

Clodoaldo Oliveira e Assessoria de Imprensa do Stiupb

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