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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Povo do Equador foi às ruas neste 17 de Setembro

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MarchoO 17S ficou marcado no processo de luta de classes que ocorre no Equador. Após a eleição do governo de Rafael Correa a partir de uma corrente progressista e popular; após a aprovação de uma constituição avançada e que garante direitos fundamentais; Após a traição do governo que passou a perseguir os movimentos sociais e um certo recuo do processo de mobilização, a luta popular retomou a ofensiva.

A Frente Unitária dos Trabalhadores – FUT, que reúne as principais centrais sindicais, juntamente ao movimento estudantil, entidades de camponeses e indígenas realizaram uma marcha multitudinária nas principais províncias do país.

Rafael Correa procurou  responder organizando uma contra-marcha que se concentrou em frente ao palácio do governo, no mesmo horário em que mais de 30 mil pessoas marchavam em repúdio às medidas governistas pelas principais ruas de Quito. Várias foram as denúncias de que militantes pagos e funcionários do governo compunham a maioria da concentração oficialista.

Além de perseguir fortemente todos os setores do movimento popular que estão na oposição, o governo de Correa ainda quer implantar várias medidas de corte neoliberal, como realizar uma reforma sindical que ataca a livre organização dos trabalhadores; abrir espaço para os monopólios capitalistas na exploração da água, petróleo e mineiros através de Parcerias público-privadas; e retirar o direito ao livre acesso à universidade, implantando um vestibular.

A repressão policial também foi um método usado pelo governo para enfraquecer a marcha. Ao chegar na praça de São Francisco, no centro de Quito, estudantes foram atacados pela polícia de choque deixando um saldo de vários feridos e quase uma centena de presos.

Segundo o repórter Guido Proaño, “o problema para o governo está se estendendo para todo o país, evidenciando que o descontentamento é generalizado e que o discurso do medo e da chantagem não dá mais resultados. Esta jornada do 17S pode marcar um antes e um depois no comportamento do movimento sindical e popular organizado, mas também na capacidade de manobra política e de controle social por parte do governo. Correa sofreu uma nova derrota política e o mais grave é que isso ocorreu com o povo nas ruas e com o movimento sindical sendo o protagonista principal”.

Da Redação

 

 

 

 

 

 

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