Estado islâmico massacra população de Kobane

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10440873_10152740054587346_1642825930870855355_nDesde ontem (06 de setembro) os destacamentos dos Estado Islâmico chegaram à cidade de Kobane, na fronteira sul da Turquia. Lugar de maioria curda, a cidade faz parte do território que está nos limites sírios e é conhecido como Rojava.

Desde o início da guerra civil na Síria, o povo curdo assumiu sua auto-defesa criando unidades armadas conhecidas como YPG, sigla em idioma curdo para Unidades Populares de Proteção. As forças da Al-Qaeda, Al-Nusra e outros grupos fundamentalistas se uniram na criação do Estado Islâmico e receberam armas dos EUA, União Europeia, da Turquia, do Qatar e da Arábia Saudita para combater Assad. Agora, essas armas se voltam para o assassinato de crianças, mulheres e idosos na cidade de Kobane.

Há vários dias que as organizações democráticas da Turquia denunciavam o ataque iminente a Kobane. Quando o ataque se iniciou, o povo da Turquia ocupou as ruas das principais cidades exigindo que o governo do presidente Edôrgan permitisse a passagem de armas e suprimentos para Kobane, fortalecendo a auto-defesa e impedindo o massacre.

O governo turco, no entanto, se negou a abrir a passagem dos suprimentos, tornando-se, na prática, cúmplice dos Estado Islâmico no massacre aos curdos. A polícia turca passou a atacar os manifestantes nas ruas com o apoio de milícias islâmicas que apoiam o EI. Até o momento, o resultado é de 10 manifestantes mortos e vários feridos.

A verdade é que  está em curso  um enorme gencídio aos curdos no norte da Síria, promovido por fundamentalistas islâmicos com a complacência do governo da Turquia. Os países ocidentais assistem calados a esse massacre.

Jorge Batista, com informações do jornal Evrensel e do site da Al jazzera .