Movimentos sociais convocaram um ato unitário com concentração para esta quinta-feira, 17 horas, no Masp, avenida paulista. Entre os movimentos que convocaram o ato, está o Movimento dos Trabalhadores Sem-teto, MTST, que pretende cobrar do governo federal a aplicação de medidas de interesse popular por parte dos governos estadual e federal.
Logo após a divulgação dos resultados da eleição, a extrema direita paulista procurou se organizar e, liderada por deputados como Bolsonaro filho e Coronel Telhada, passou a ocupar as ruas alimentando intenções golpistas e falando, inclusive, em intervenção militar golpista no Estado. Mesmo que essas intenções possam parecer lunáticas, o papel do movimento popular de se manter alerta e nas ruas para exigir direitos é premente.
A manifestação defenderá a punição aos torturadores da Ditadura e dos dias atuais, as reformas urbana e agrária, imposto sobre as grandes fortunas, a democratização das comunicações, e a mudança no sistema político nacional.
Combater o ajuste econômico
Não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil é necessário que os movimentos sociais ocupem as ruas exigindo que o governo federal cumpra o mandato de esquerda para o qual foi eleito. Mídia, banqueiros, grandes capitalistas e políticos corruptos manejam para fazer com que o governo do PT implante o programa de seus adversários de direita, neoliberal e de ajuste econômico contra os trabalhadores.
Vários acontecimentos políticos recentes dão sinais de que o governo Dilma se renderá a tese do ajuste e fará um novo arrocho econômico. São eles: a subida de juros, três dias após as eleições; aumento linear da gasolina; promessas, por parte do ministro Mantega, de corte nas pensões e no seguro-desemprego; possibilidade de indicação de um banqueiro para o ministério da fazenda. Até agora, o governo não deu nenhum sinal de que atenderá as pautas da esquerda, bravamente defendida por vários militantes nas ruas durante o segundo turno das eleições.
Contra o lobby político e financeiro que os capitalistas realizam nos bastidores, a resposta não pode ser outra senão a rua, a mobilização e a luta de massas para exigir nossos direitos.
Redação São Paulo