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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

O que se passa no Haiti

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B4sunPVIUAEYyO0Dez anos após o início da invasão armada da ONU, chefiada pelo Brasil e conhecida como Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah), o país caribenho que compartilha a mesma ilha com a República Dominicana está muito longe de algo que pareça estável. Dezenas de manifestações de rua levaram à renúncia do primeiro-ministro, Laurent Lamothe, no dia de ontem (14).

O povo haitiano ocupou às ruas exigindo políticas sociais que diminuam a situação de miséria que o país se encontra e repudiando os diversos casos de desvio das verbas de auxílio humanitário que são enviadas ao país. O programa de combustível Petrocaribe da Venezuela é um dos que mais envia fundos ao Haiti e o agora ex-primeiro-ministro está sendo acusado de desviar dinheiro desse e de outros fundos.

Mais uma vez, as forças de invasão da ONU cumpriram o vergonhoso papel de polícia política na repressão aos movimentos sociais haitianos como se pode ver no vídeo abaixo. Disparando armas letais, os “capacetes azuis” que sua missão nada tem de humanitária, mas se resume à repressão ao povo do Haiti. Após anos de várias violações, as tropas da ONU são alvo do ódio do povo haitiano.

Este novo episódio de luta do povo haitiano comprova toda hipocrisia dos países imperialistas na ajuda ao Haiti. O Haiti precisa de mais médicos, como os enviados por Cuba, de professores que poderiam ser enviados pela França por proximidade com a língua, de obras de infra-estrutura, principalmente no campo, que vários países, inclusive o Brasil, poderiam fazer. A invés disso, os países imperialistas enviam tropas armadas, preferindo usar a miséria do Haiti como exemplo de medo para os países que queiram enfrentar o imperialismo e seguir um caminho independente.

Jorge Batista, São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=4ivSF_VtFgQ

 

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