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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

CIPOML: Por um 1º de Maio de unidade, luta e organização!

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Reproduzimos abaixo o manifesto da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML) por ocasião do 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora.

1o de Maio na Rússia.
1 de Maio na Rússia.

Aos trabalhadores e povos oprimidos de todos os países!

1º de Maio – Dia internacional de solidariedade e luta dos trabalhadores de todos os países ocorre sob crescente ofensiva imperialista.
Durante vários anos de crise, nos quais enormes massas de trabalhadores foram arruinadas, os governos burgueses e as instituições do grande capital prometeram uma recuperação econômica que traria emprego, prosperidade e uma melhor qualidade de vida.
Mas os sofrimentos dos trabalhadores e dos povos não terminaram. As medidas adotadas pelos governos para sair da crise impuseram novos sacrifícios.
A exploração nas fábricas assume proporções insuportáveis, enquanto o desemprego continua a flagelar trabalhadores e jovens. Mais de 200 milhões de desempregados estão à procura de um emprego em todo o mundo, mas o capitalismo não é capaz de assegurar sequer este direito.
Os trabalhadores do campo, pescadores, artesãos e vendedores, os pensionistas, todos definham sob o julgo capitalista. Uma carga insuportável de impostos recai sobre os ombros do povo pobre.
Manifestar nas ruas no 1º de maio para defender nossos direitos e derrotar a direita hostil à classe trabalhadora!
Contra a ofensiva do capital vamos construir uma poderosa frente de luta da classe trabalhadora, organizar organismos de luta compostos por trabalhadores de todas as tendências para defender unidos nossa classe contra os capitalistas, os ricos e seus governos!

Apenas realizando e organizando a resistência das amplas massas da classe trabalhadora em uma frente única será possível derrotar a ofensiva dos capitalistas, impedira a destruição dos direitos dos trabalhadores e reforçar a luta para abolir a exploração do homem pelo homem.
Nos últimos anos, a classe dominante tem exaltado de forma demagógica sua “democracia” e sua “liberdade”. Mas por muito, essa classe vem produzindo apenas reação e opressão sobre as massas, opressão essa que se espalha por todo o mundo.
Para encontrar uma solução para a crise, para a instabilidade política e econômica, a burguesia estabelece governos reacionários, arrogantes e autoritários. São governos que atacam de maneira violenta os direitos democráticos dos trabalhadores, aumentam a criminalização e a repressão ao protesto social como método de dominação.
Os patrões e seus governos atacam os sindicatos com o objetivo de impedir a negociação coletiva. Os direitos de greve e de organização são limitados e mesmo negados para colocar na ilegalidade as lutas da classe trabalhadora.

Ao mesmo tempo, as forças imperialistas promovem a xenofobia e o racismo, impõem leis e políticas de segurança contra os imigrantes, que se tornaram o bode expiatório da situação.
O imperialismo confirma assim sua atitude reacionária a toda linha, intensifica a opressão social e nacional. A democracia burguesa está quebrada e assume sua careta de ditadura aberta dos monopólios.
Realizar no primeiro de maio manifestações em todos os lugares contra as medidas fascistas e reacionárias, contra a repressão antipopular, a xenofobia e o racismo!
Contra as políticas antidemocráticas do imperialismo e da burguesia, contra a liquidação de liberdades e direitos, fortalecer a resistência e criar frentes populares amplos, de acordo com a circunstâncias!
Apenas unificando em torno da classe trabalhadora todas as vítimas do capitalismo, apenas organizando frentes e alianças populares com genuínas forças proletárias, de esquerda, anti-imperialistas e a antifascistas, com forças democráticas coerentes, será possível impedir a reação burguesa, derrotar os fascistas e abrir caminho para verdadeiros governos populares e dos trabalhadores que colocarão fim na opressão sobre os povos.
Os governos das forças imperialistas e suas instituições supranacionais (ONU, FMI, União Europeia, etc.) continuam falando sobre paz. Mas nunca no mundo, desde o período após a segunda grande guerra até agora, houve tanta guerra e tensão, guerras civis reacionárias e corridas armamentistas.
O crescimento irregular da economia, a implacável competição por mercados e por fontes de matéria-prima, o controle das esferas de influência, o desejo de despejar sobre os rivais as consequências da crise, tudo isso acentua as contradições entre os imperialistas dia após dia.
A preparação de uma guerra de pilhagem se tornou um elemento fundamental da política internacional e doméstica da burguesia imperialista. Podemos ver as consequências nos conflitos armados, intervenções e interferências imperialistas na África, no Oriente Médio e na Ásia, no Leste Europeu e na América Latina.
Os EUA continuam liderando as forças imperialistas e querem manter seu controle sobre a ascensão de outras forças. China, Rússia e Alemanha, além de outros países imperialistas e capitalistas, se submetem cada vez menos à dominação dos Estados Unidos. Eles querem quebrar o regime do dólar e afirmar seus interesses. A França defende com armas suas próprias zonas de influência.
Na luta pela dominação, os imperialistas instigam o nacionalismo. Eles apoiam e financiam grupos religiosos fundamentalistas e preparam as condições de uma nova intervenção militar para desmantelar a soberania dos países e impedir a luta popular de caráter progressista e nacional. O peso das contradições imperialistas cai, sistematicamente sobre as nações e povos oprimidos, como é o caso do povo palestino e curdo, que a despeito da das brutais agressões sofridas, continuam a lutar bravamente por seu direito a autodeterminação.

Neste 1º de maio, assim como no 70º aniversário da derrota do fascismo, vamos realizar grandes manifestações contra o perigo de guerras imperialistas!
Podemos impedir as intenções belicistas dos governos com a unidade anti-imperialista e a luta da classe trabalhadora e dos povo, das forças revolucionárias e populares e com a resistência nacional.

Apenas com a unidade e a solidariedade internacional dos trabalhadores podemos parar as intenções belicistas e a política agressiva do imperialismo, o roubo dos recursos naturais, a corrida armamentista, o sangrento terrorismo reacionário e imperialista, para abrir caminho para o socialismo, para políticas de paz e solidariedade entre as pessoas.
Proletários e trabalhadores, povos oprimidos de todos os países!
A despeito dos ataques capitalistas, das políticas reacionárias e dos ventos de guerra, cresces cada vez mais as mobilizações dos trabalhadores que não querem perder ainda mais direitos, que não querem pagar pela crise e a ‘recuperação’ dos exploradores.
A classe trabalhadora retorna com força para o campo de batalha. Da índia à Turquia, do Brasil à China, da Grécia à Polônia, da Austrália ao Canadá, do México aos EUA, crescem mais uma vez os protestos contra o regime de exploração, de desemprego e de pobreza.
Milhões de trabalhadores, mineiros, assalariados dos transportes, etc. fazem greves reivindicando pão e emprego. Eles lutam pelo respeito a negociação coletiva e aos sindicatos, rejeitam leis e projetos que atacam os direitos e garantias sociais, dizem basta aos sacrifícios, aos layoffs, ao salário de fome.
Milhões de trabalhadores rurais, de pequenos produtores se levantam contra a piora nas condições de trabalho e de ida, os cortes nos serviços sociais, pelo fim da opressão dos monopólios sobre a grande maioria da sociedade.
Jovens e estudantes estão ativos nessas lutas por emprego, em defesa da educação pública, contra os programas neoliberais dos governos burgueses e as instituições da oligarquia financeira.
As mulheres trabalhadoras e das classes sociais mais pobres estão na vanguarda da resistência contra os ataques sociais, contra o agravamento da opressão e da exploração, contra as políticas belicistas e os ataques ao meio ambiente.
Neste 1º de maio vamos renovar as forças revolucionárias da classe trabalhadora, vamos fortalecer a luta unificada dos explorados e dos oprimidos contra a ofensiva capitalista, contra as medidas reacionárias e os perigos da guerra imperialista!
Enquanto as lutas populares ganham força e se radicalizam, os líderes revisionistas, socialdemocratas e oportunistas mantêm sua política de colaboração de classes. Eles falam em ‘reformas’, mas para salvar o capitalismo e preservar as bases da atual sociedade. Eles formam uma frente unida com os burgueses e escondem das massas a natureza do populismo e do fascismo. Eles tentam manter a classe trabalhadora longe das lutas e dividida, desarmada ideologicamente, politicamente e organizativamente em frente a ofensiva dos capitalistas.

A despeito da propaganda da burguesia e seus lacaios, os fatos mostram que o capitalismo é incapaz de eliminar o desemprego, a pobreza, o fascismo e as guerras. É incapaz de garantir a igualdade entre mulheres e homens, os direitos dos jovens, uma vida que seja digna deste nome, um futuro de paz e de desenvolvimento social.
Dessa maneira, o capitalismo deve ser demolido pela luta revolucionária do proletariado e dos povos, e substituído por uma ordem econômica e social mais elevada: o socialismo, primeiro estágio da sociedade comunista, único caminho seguro para escapar da barbárie do capitalismo.
A história demonstra que sem autênticos partidos Marxista-leninistas que liderem o proletariado na luta pelo poder, sem lutar contra o oportunismo, é impossível derrotar o imperialismo e conduzir ao sucesso a luta por liberação social e nacional. Sem esse partido, é impossível liquidar a propriedade privada burguesa e construir uma economia socialista planejada.
Neste primeiro de maio, conclamamos a unidade dos comunistas e dos trabalhadores conscientes sob as bandeiras do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, para construir fortes partidos e organizações comunistas onde estas não existam, e para desenvolver ainda mais as que existem, reforçando a unidade internacional do proletariado revolucionário.
Viva o primeiro de maio, dia internacional de solidariedade e luta dos proletários de todo o mundo!
Viva o 70º aniversário da Vitória sobre as hordas fascistas!
Realizemos manifestações unitárias em todo o mundo!
Mulher trabalhadora e homem trabalhador, povos oprimidos de todo o mundo, uni-vos!

Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML), abril de 2015

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