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sábado, 20 de abril de 2024

Denúncia de violência policial na favela do Acari, no Rio de Janeiro

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O complexo de favelas do Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tem sofrido com recorrentes operações policiais nos últimos dias devido ao processo de preparação para a instalação de uma UPP na comunidade vizinha do “Chapadão”.

Essas operações têm feito os moradores sofrerem na mão da famigerada CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Cívil). Na quinta feira (14/05), a menina Ana Júlia dos Santos Coutinho, 8 anos, foi atingida por uma “bala perdida” durante uma incursão da polícia na favela.

ANA JULIA
Ana Júlia, 8 anos, é mais uma vítima da polícia no Rio de Janeiro

O sentimento dos moradores é expresso nas palavras de Deley de Acari, poeta e ativista de direitos humanos residente na favela. “Estaria agredindo a minha parca inteligência se acusasse a CORE de tentativa de homicídio na favela do Acari. O que a polícia civil militarizada faz é, de fato, uma declaração de guerra, não ao tráfico de drogas, mas ao povo favelado não só de Acari, mas de todas as favelas”.

Segundo Deley, o policial da CORE fez vários disparos de fuzil contra seis pessoas, entre elas duas mães e quatro crianças negras. “Quando o delegado da CORE que comandava a operação afirma que houve confronto com traficantes ou foi ‘acidente’, mente descarada e cinicamente, pois o que aconteceu foi um confronto contra um perigoso grupo de mães e crianças fortemente armados de uniformes de escola e mochilas com armamento pesado e letais, como cadernos, livros, canetas, borrachas e estojos de lápis de cor”, afirma.

Casos de violência policial como esse são comuns nas favelas do Rio de Janeiro, e ocorrem mesmo nas comunidades “pacificadas” pela UPP.

Redação Rio

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