Em assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (SINTUFRJ), mais de 500 trabalhadores decidiram, ontem (21/05), por unanimidade a adesão da categoria à greve nacional da Fasubra, a partir do dia 29 de maio.
Para o Coordenador Geral do sindicato, Francisco de Assis, o momento é de mobilização. “Devemos envolver toda a categoria para lutar por uma greve que traga mais conquistas. Para isso, precisamos sair da postura de comodismo que muitas vezes impera na greve, e construir as atividades locais e nacionais de mobilização”.
Rafael Coletto, do Movimento Luta de Classes (MLC) e servidor da UFRJ, lembrou da pauta interna de democratização da universidade e defendeu a paridade na ocupação dos cargos de direção da UFRJ. “Acabamos de eleger um Reitor (Roberto Leher) que defendeu abertamente essa proposta. Agora, temos que aproveitar a greve para fortalecer esta pauta, lutando para ocupar mais os espaços de gestão da universidade”, disse.
De modo geral, houve consenso em todas as falas do absurdo que é o governo destinar 45% do Orçamento da União para o pagamento da dívida pública, enquanto faz economia cortando direitos dos trabalhadores e se nega a sinalizar ganhos econômicos para os servidores.
A assembleia também aprovou os eixos principais da greve: estabelecimento de data-base, aumento de 27,3%, paridade entre ativos e aposentados, isonomia de benefícios, fim da EBSERH e aprimoramento da Carreira.
A entrada da UFRJ na greve da Fasubra fortalece o movimento nacional, pois se trata da maior universidade em quantitativo de servidores do país, além de estar vivendo uma forte conjuntura de mobilizações estudantis e de trabalhadores terceirizados. No próximo fim de semana a Fasubra realizará plenária nacional que irá definir a estratégia da paralisação.
Redação Rio