As propagandas não vendem só as mercadorias, vendem também ilusões. As publicidades da Coca-cola, por exemplo, são recheadas de cores, fantasias, famílias felizes, casais apaixonados, jovens descolados. Por de trás de tamanhas artimanhas para convencer e manter-se como a maior empresa mundial no ramo de bebidas, vale tudo, inclusive viciar seus consumidores, o que pode levar até o desenvolvimento do câncer.
Pesquisas mostram que o refrigerante mais consumido no mundo pode causar esta doença. De acordo com o toxicologista Anthony Wong, foi detectada uma quantidade exagerada do corante caramelo IV, substância que dá cor e sabor ao refrigerante.
Segundo o especialista, o caramelo IV está relacionado ao câncer de pulmão, esôfago e sangue. Esse produto, em maior quantidade, é considerado potencialmente cancerígeno. Refrigerante em excesso é tão prejudicial aos dentes quanto crack e cocaína, afirma esse estudo.
A bebida vendida no Brasil tem 67 vezes mais quantidade desta substância que a Coca-Cola vendida, nos Estados Unidos. O diretor do Centro pela Ciência de Interesse Público, da Califórnia, Michael Jabocson, explica que o corante deveria ser retirado pela indústria. A substância representa uma ameaça à saúde pública.
Mas as máscaras caem e, devido às consequências que este produto causa nas pessoas, fez os seus lucros diminuírem. A empresa está enfrentando um período fraco em vendas, nos Estados Unidos, seu maior mercado, porque os consumidores norte-americanos estão bebendo menos refrigerantes em função das preocupações de saúde relacionadas ao consumo de açúcar e adoçantes artificiais.
A Coca-Cola anunciou que cortaria US$ 1 bilhão em custos até 2016, ao reportar uma queda de 8,4% em seu lucro no quarto trimestre do ano passado, e anunciou que reinvestiria o US$ 1 bilhão em custos cortados, para bancar um novo esforço de marketing. No começo do mês, anunciou uma parceria com a Green Mountain Coffee Roasters para colocar à venda suas marcas de bebidas em uma máquina caseira de refrigerantes que chegará ao mercado ainda este ano. Vale realmente tudo para se manter no mercado capitalista.
Claudiane Lopes