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quinta-feira, 28 de março de 2024

Estudante da UFPA sofre tentativa de homicídio em ato contra a PEC 55, em Belém

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Já na delegacia, Matheus denuncia o ato fascista do criminoso.

Em protesto pacífico em frente ao portão da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA),  em Belém, organizado por estudantes, pelo SINTUFRA e pelo SINDTIFES, no último dia 11 de novembro, o estudante de Psicologia da UFPA e militante da UJR, Matheus Nascimento, sofreu uma tentativa de atropelamento por parte de um motorista que pretendia furar o bloqueio da Avenida Perimetral onde o protesto era realizado. Matheus pediu ao motorista que parasse e respeitasse o ato, que duraria apenas 15 minutos. O motorista Thiago Zigmanta Sielski, estudante de Farmácia da UFPA, então acelerou o carro para cima de Matheus, que, como reação, segurou no limpador de vidros. Thiago, depois denunciado por próprios colegas de curso como conservador e defensor do fascista Jair Bolsonaro, cometeu um crime de ódio, arrastando Matheus por quase um quilômetro, em alta velocidade e fazendo zigue-zagues com o intuito de forçar a queda do manifestante.

Em uma das freadas bruscas realizadas, Matheus teve o pé atingido, e, ao ser bloqueado por mototáxis e por outro veículo, o criminoso parou seu carro. Em seguida, fugiu sem prestar nenhum socorro, deixando Matheus no chão. Mais à frente, durante a fuga, o agressor bateu em um carro, e uma viatura posicionada próximo ao local o deteve, encaminhando-o à UIPP de Terra Firme. O criminoso foi preso em flagrante e autuado por violência no trânsito com lesão corporal grave, podendo responder em liberdade, apesar de as testemunhas declararem que Thiago agiu deliberadamente para matar assassinar o manifestante.

Matheus foi levado pelo Samu ao PSM da 14 de Março, fez um exame de raios-X, sendo liberado com suspeita de fratura no pé e escoriações leves pelo resto do corpo. De lá, o manifestante foi à delegacia prestar depoimento, recebendo a notícia de que Thiago havia justificado sua atitude por “estar atrasado para entregar um trabalho”. Além de tentar justificar o injustificável, ele mentiu, pois a própria turma disse que não havia nenhum trabalho a entregar naquele dia, sem contar que os portões da UFPA foram fechados por conta da paralisação nacional.

O Centro Acadêmico de Farmácia e de Psicologia da UFPA lançaram notas de repúdio a esse ato fascista, solidarizando-se com a luta. Matheus estava participando da ocupação da Reitoria da UFPA contra a PEC 55 e, após sair do Centro de Perícias, voltou à ocupação para dar os informes do ocorrido e continuar se somando na luta. Segundo Matheus, “a resistência é a única arma que temos em mãos. Vi o olhar de deboche na cara dele (Thiago) logo quando acelerou pra cima de mim na primeira vez, mas, depois de ver que eu não cairia tão facilmente do carro, esse mesmo olhar tornou-se um olhar de medo, pois ele imaginava que poderia fugir impune dali”.

Redação Pará

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