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terça-feira, 16 de abril de 2024

Exército turco bombardeia a Síria e reforça agressão imperialista

Os bombardeios à cidade síria de Afrin, que começaram no último sábado (20/01), foram celebrados pelo governo turco e seus meios de comunicação como uma grande vitória. Enquanto as bombas caem por todo território, onde vivem cerca de um milhão de pessoas, o governo Erdogan afirma que agiu assim para “libertar a cidade”. “Na verdade, a Operação Ramo de Oliva reaviva as chamas da inimizade entre curdos e turcos e arrasta a Turquia para o centro da guerra na região”, denuncia Mehmet Türkmen, vice-presidente do Partido do Trabalho da Turquia (EMEP), principal organização comunista do país.

“A ameaça não vem dos povos da região, mas do imperialismo e seus conspiradores”

Para Türkmen, o presidente Erdogan e seus representantes mentem ao afirmar que o objetivo da operação é a “segurança nacional” e que esta é resultado de negociações com a Rússia, que retirou suas tropas da cidade. “A Rússia, em sua luta contra os Estados Unidos para controlar a Síria, permitiu que a Turquia bombardeasse Afrin unicamente porque serve aos seus interesses de jogar um país contra o outro, assim como forçar os curdos sírios a aceitar um acordo sob a tutela russa”.

Com isso, os imperialistas deram o sinal verde para transformar a guerra contra a Síria num conflito de proporções regionais. “A verdadeira ameaça para os povos turcos não são nossos vizinhos curdos, que lutam contra o Estado Islâmico e outros bandos jihadistas no norte da Síria e que constroem regimes democráticos na região, mas os imperialistas e seus conspiradores regionais, que incitam a inimizade entre os povos oprimidos do Oriente Médio”, afirma Türkmen.

Guerra contra os curdos sabota a paz na região

Atualmente, o sistema democrático dos curdos sírios é visto como uma ameaça por parte do governo Erdogan, uma vez que este se nega a resolver o problema curdo na Turquia e insiste na política de opressão e violência contra esse povo.

Assim, essa política está arrastando a Turquia para o atoleiro da guerra na região e sabota as condições de convivência pacífica dentro do país entre turcos e curdos.

Segundo Türkmen, “mesmo existindo uma saída pacífica para a questão curda, o governo atua no sentido de converter a Turquia num joguete dos planos imperialistas na região”. Para o EMEP, o governo Erdogan considera os ataques a Afrin como necessários para a própria sobrevivência de seu governo. Ao apresentar os bombardeios contra a Síria como uma ação de “segurança nacional” e de “combate ao terror”, Erdogan visa ganhar a opinião pública turca e criminalizar todos que se opuserem à agressão.

Nesse sentido, o EMEP vem denunciando essas manobras e convocando os povos turcos e os trabalhadores de todas as nacionalidades para exigir o fim dos ataques à Afrin e lutar pela paz e pela democracia na região.

Da Redação (com informações do Evrensel)

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