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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Estudantes voltam às ruas contra os cortes na educação no dia 30 de maio

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Com manifestações ainda mais expressivas do que os atos do dia 15, estudantes, professores e servidores continuam lutando contra os cortes de 30% promovidos pelo governo federal.
Em São Paulo, participaram militantes da União da Juventude Rebelião, FENET, Movimento Correnteza, junto com estudantes da UFABC, USP, UNIFESP, IFSP, ETECs e demais escolas e universidades.
(Foto: Jorge Ferreira/Jornal A Verdade).

BRASIL – Passados 15 dias, estudantes voltaram a se manifestar ontem (30) contra os cortes de 30% nas verbas para a educação pública. As manifestações foram ainda mais expressivas que as anteriores, se concentrando principalmente nas capitais do país, com ampla participação de pais, alunos, professores e servidores.

Até o momento, foram registradas manifestações em 208 cidades de todo país, mostrando uma grande capacidade de mobilização dos estudantes e uma clara posição contrária às declarações do MEC e do governo federal, que até o momento foram somente de culpabilizar os professores e pais pelos atos.

As manifestações se concentraram principalmente nas capitais do país, a União Nacional dos Estudantes, por meio das redes sociais, destacou que em São Paulo chegou a ter 500 mil manifestantes presentes, seguido por Belo Horizonte com 300 mil, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife com 100 mil, além das demais capitais que tiveram número bem expressivos, como Manaus, que registrou até 20 mil manifestantes.

VEJA TAMBÉM: Fotos do 30M em São Paulo

Em nota oficial, o MEC sinaliza a necessidade de denunciar as convocatórias para as manifestações que aconteceram no dia 30, culpabilizando a atual instabilidade no sistema de ensino brasileiro nas maiores vítimas, os alunos e professores que exercem seu legítimo direito de lutar por melhores condições de trabalho e ensino.

“[…] Professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC […].” – Comunicou o MEC em sua nota.

Dessa forma, o MEC, junto com o governo federal, se mostram totalmente incapazes de responder à altura as manifestações e mobilizações em todo o país, pois, devido à política de cortes do governo federal e a chantagem com a Reforma da Previdência, estão completamente desgastados entre o povo. As fracas manifestações do dia 26, onde o governo buscava identificar uma base de apoio, se mostraram frágeis de fazer frente ao “tsunami” promovido pelos estudantes e professores brasileiros.

Por outro lado, em um vídeo divulgado pelo Jornal A Verdade, o Presidente Estadual da Unidade Popular pelo Socialismo do Rio de Janeiro, Esteban Ferreira, destaca que “o governo cortou R$7.4 bilhões da educação”, e que as manifestações continuaram e que ainda vão continuar até que “o governo devolva todo nosso recurso”. O tom das manifestações em todo o país foi o de continuar a mobilização e as paralisações até o dia 14 de junho com a greve geral marcada contra a Reforma da Previdência.

As palavras de ordem ecoaram por todo o país demonstrando a contradição de um governo envolvido com as milícias cariocas e que quer aprovar reformas antipopulares, manter o desemprego e os faturamentos bilionários para os capitalistas. Enquanto isso, sucateia a educação pública e destrói os sonhos da juventude.

Dessa forma, também, a luta dos estudantes criou as condições necessárias para estimular todos os trabalhadores do país à comparecer, somar e construir a Greve Geral em todo o país para destruir o projeto da Reforma da Previdência e, assim, mostrar a fragilidade ainda maior do governo de banqueiros e militares de Jair Bolsonaro diante do poder do povo nas ruas lutando por seu direito à trabalho justo e com direitos.

THALES CARAMANTE – UJR

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